"A responsabilidade pelo ataque deliberado com mísseis contra civis em Sebastopol (cidade da Crimeia) cabe, em primeiro lugar, a Washington, que forneceu estas armas à Ucrânia", bem como às autoridades de Kiev, afirmou o Ministério da Defesa russo em comunicado.
"Tais ações não ficarão sem resposta", garantem as autoridades russas.
Segundo o exército russo, cinco mísseis ATACMS foram lançados pelas forças ucranianas, quatro dos quais foram "intercetados".
As missões de voo destes mísseis foram "captadas por especialistas norte-americanos com base em dados dos serviços de informação por satélite dos Estados Unidos", afirmou o ministério russo em apoio das suas acusações.
Em abril, Washington anunciou o envio de mísseis ATACMS de longo alcance à Ucrânia, que há muito os solicitava para poder atacar mais atrás da linha da frente.
Nem a Ucrânia nem os Estados Unidos comentaram ainda o ataque de Sebastopol.
Depois de num primeiro momento as autoridades russas terem denunciado que o ataque com os mísseis balísticos provocou pelo menos três mortos, o governador Mikhail Razvojaev, precisou que o ataque fez cinco mortos, incluindo três crianças, e uma centena de feridos.
Cinco outras crianças estão a receber cuidados intensivos no hospital, disse Razvojaev num vídeo publicado na rede social Telegram.
O dirigente acrescentou que o Presidente Vladimir Putin tinha telefonado para "apresentar as suas condolências" às famílias.
Vídeos publicados pelos meios de comunicação russos mostram os habitantes de uma praia a fugir quando ouvem as explosões, noticia a AFP, que diz não poder verificar a sua autenticidade.
Sebastopol, uma importante cidade portuária, é frequentemente visada, nomeadamente por ser o quartel-general da frota russa do mar Negro.
A Crimeia é um importante centro logístico para o exército russo.
A Ucrânia, que enfrenta a ofensiva russa há dois anos, retalia regularmente atacando as regiões russas ou as zonas ocupadas.
Em particular, as suas tropas tentam regularmente destruir navios de guerra russos.
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