O diretor executivo da Aricell, a fábrica de baterias onde decorreu um incêndio mortal na Coreia do Sul, pediu desculpas a todos os afetados, esta terça-feira, mas esclareceu que a empresa tinha cumprido todas as medidas de segurança e formação exigidas.
Ao que noticia a Reuters, Park Soon-kwan apresentou as suas condolências aos familiares dos trabalhadores que morreram e pediu desculpa a todos os que foram afetados pelo acidente. "Participaremos conscienciosamente na investigação das autoridades e faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para determinar a causa do acidente e tomar medidas para evitar que se repita", afirmou, em declarações aos jornalistas no local do incêndio.
O diretor executivo da Aricell esclareceu ainda que a empresa tinha cumprido integralmente os procedimentos de segurança e a formação, mas mais de metade dos 103 trabalhadores da fábrica, incluindo alguns dos que morreram, eram trabalhadores contratados por uma empresa de mão de obra.
O incêndio de segunda-feira na fábrica - que continha cerca de 35 mil baterias de lítio altamente inflamáveis - produziu um fumo espesso que se espalhou rapidamente. Os trabalhadores que se encontravam no segundo andar provavelmente perderam a consciência e morreram em segundos, revelaram os bombeiros.
Já esta terça-feira, os bombeiros com cães de busca vasculharam a estrutura destruída e encontraram a última pessoa desaparecida, elevando o número de mortos para 23. Dezassete dos mortos eram chineses e um era laociano. Os restantes eram sul-coreanos.
A maior parte deles eram trabalhadores temporários na fábrica que é gerida pela Aricell, sediada na Coreia do Sul e detida maioritariamente pela S-Connect.
O incêndio foi o mais recente acidente industrial num país onde dezenas de operários industriais perdem a vida no trabalho todos os anos, apesar dos repetidos apelos para melhorar a segurança no local de trabalho.
O governo da Coreia do Sul prometeu que uma equipa conjunta de bombeiros, polícia e autoridades vai iniciar uma investigação no local para determinar a causa do acidente.
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