Em comunicado, a Transparency International diz que recebeu, na semana passada, uma "notificação formal" do gabinete de proteção da soberania, ativo desde fevereiro, para uma "investigação profunda".
A ONG é acusada de "realizar atividades financiadas por subsídios estrangeiros e suscetíveis de influenciar as decisões dos eleitores" e tem 30 dias para responder a 62 perguntas da autoridade de vigilância.
A Transparency International garante que a investigação é "totalmente infundada" e que não é "obra do acaso": o seu trabalho denuncia regularmente a corrupção na Hungria, que ocupa o último lugar entre os 27 países da UE neste capítulo.
Já o órgão de comunicação Atlatszo, conhecido pelas suas investigações relacionadas com corrupção, disse ter recebido 11 perguntas.
Há alguns meses, o Atlatszo denunciou medidas "que provavelmente restringiram severamente a liberdade de imprensa e tornariam o trabalho independente da imprensa difícil se não impossível" na Hungria.
Contactado pela agência France-Presse, ao gabinete de proteção da soberania recusou comentar as denúncias.
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