Num comunicado, o Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, considerou que a decisão em causa "restringe ainda mais o acesso a informações livres e independentes e alarga a já grave censura dos meios de comunicação social na Rússia".
Borrel salientou que os meios de comunicação social europeus proibidos trabalham de acordo com princípios e normas jornalísticas, fornecendo "informações factuais, também ao público russo, incluindo sobre a guerra ilegal de agressão da Rússia contra a Ucrânia".
Moscovo decidiu na terça-feira proibir o acesso por Internet no país a 81 meios de comunicação social europeus, incluindo os portugueses RTP Internacional, Público, Expresso e Observador, segundo anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.
A medida visa retaliar a decisão da UE de proibir "qualquer atividade de radiodifusão" aos meios de comunicação social russos RIA Novosti, Izvestia, Rossiyskaya Gazeta e Voice of Europe, de acordo com a diplomacia russa.
Na mesma nota informativa, o chefe da diplomacia da UE referiu ainda que o respeito pela liberdade de expressão e pelos meios de comunicação social é um valor fundamental para o bloco europeu, em contraposição com as campanhas de desinformação e propaganda russas.
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