Espanha e Gâmbia apostam na migração circular e cooperação contra máfias
Os Governos de Espanha e da Gâmbia acordaram hoje em promover a migração circular, através do recrutamento de gambianos na origem, e continuar a trabalhar na luta contra a imigração clandestina e as máfias de tráfico de seres humanos.
© Reuters
Mundo Migrações
O anúncio foi feito pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, da União Europeia e da Cooperação espanhol, José Manuel Albares, após um encontro em Banjul com o Presidente do país, Adama Barrow.
A imigração foi uma das questões-chave que Albares discutiu com o Presidente e com o seu homólogo gambiano, Mamadou Tangara, durante a sua visita à Gâmbia, no âmbito de um périplo pela África Ocidental, que começou na semana passada em Cabo Verde e continuará quinta-feira no Senegal.
Segundo o ministro espanhol, os dois Governos querem promover programas de migração circular, que já estão a funcionar positivamente com outros países, e "explorar canais legais de migração", continuando a combater as máfias de tráfico de pessoas.
Em Banjul, Albares contactou com o trabalho desenvolvido pela Guardia Civil em conjunto com as forças de segurança da Gâmbia, visitando o barco patrulha que foi doado ao país africano para contribuir para a luta contra a imigração, tendo visitado também a Equipa de Investigação Conjunta contra o Tráfico de Seres Humanos, financiada com fundos da União Europeia.
A Gâmbia faz parte, como explicou Albares aos meios de comunicação social, de uma zona prioritária para Espanha, que centrará parte da sua cooperação durante os próximos anos.
O ministro visitou igualmente um instituto de hotelaria e turismo com o ministro gambiano do Turismo, Abdou Jove, que solicitou a ajuda espanhola para ampliar o centro, que forma 400 pessoas por ano.
O ministro comprometeu-se a reforçar a ajuda a este centro, que foi construído com fundos da AECID (Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento) em 2007 e que é gerido de forma autónoma pelo Governo da Gâmbia.
A intenção do Governo gambiano é que este centro se torne um centro de referência regional.
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