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Trump recusa culpa pelo Capitólio. Biden chama-o de "choramingas"

Donald Trump recusou esta noite culpa pelo ataque ao Capitólio a 06 de janeiro de 2021 e Joe Biden chamou-o de "choramingas", apontando que o ex-presidente quer perdoar os assaltantes que foram condenados em tribunal.

Trump recusa culpa pelo Capitólio. Biden chama-o de "choramingas"
Notícias ao Minuto

06:44 - 28/06/24 por Lusa

Mundo Estados Unidos

No primeiro debate entre ambos os candidatos às presidenciais de novembro nos Estados Unidos, Donald Trump não se comprometeu a aceitar os resultados das próximas eleições, tal como aconteceu após as eleições de 2020, referindo que o fará apenas se forem “justas, legais e boas”. Sobre o assalto ao Capitólio que se seguiu à sua rejeição há 4 anos, atribuiu responsabilidades à ex-líder democrata da Câmara de Representantes.

“A Nancy Pelosi disse à sua filha que ela foi a responsável [pelo assalto ao Capitólio]. Eu ofereci 10 mil elementos da Guarda Nacional e ela rejeitou por escrito”, afirmou Donald Trump, referindo-se à então líder democrata da Câmara dos Representantes. 

“Eu conseguia ver o que estava a acontecer e disse que era muita gente. E ofereci a Guarda Nacional e ela admite que rejeitou. Ela disse que assumiu responsabilidade total pelo 06 de janeiro”, argumentou o ex-presidente. 

Joe Biden refutou a descrição do assalto ao Capitólio e acusou Trump de ter encorajado os seus apoiantes a atacarem o Congresso. 

“Imploraram-lhe que fizesse alguma coisa, o seu vice-presidente e colegas do Congresso, e em vez disso falou de grandes patriotas da América”, disse Biden. “Agora diz que quer perdoar as sentenças dos que foram condenados”, apontou. 

Trump assumiu que sim porque considerou que os processos “destruíram a vida” de pessoas inocentes. 

“Agora ele diz que se perder outra vez, como choramingas que é, vai haver um banho de sangue”, afirmou Joe Biden. 

Trump, por sua vez, acusou a comissão bipartidária de investigação do assalto de ter destruído documentos e informação porque, segundo ele, descobriram que o ex-presidente tinha razão. “Eles deviam ir para a prisão”, afirmou. 

Biden aproveitou a deixa para lançar uma farpa relativa à condenação criminal de Trump: “A única pessoa que é um criminoso condenado aqui é o homem para quem eu estou a olhar”, disse. “O que ele está a dizer não é verdade. Ele não fez nada para acabar com o que estava a acontecer no Capitólio”. 

O democrata também se mostrou indignado com a ideia de que os assaltantes que “mataram pessoas, partiram janelas, ocuparam escritórios e derrubaram estátuas” sejam apelidados de patriotas. 

Trump contra-atacou dizendo que o filho do Presidente, Hunter Biden, também foi condenado em tribunal. “E ele [Joe Biden] pode ser um criminoso condenado assim que sair da Casa Branca, com base nas coisas horríveis que fez”, sugeriu Trump. 

“Este homem é um criminoso. Eu não fiz nada de errado”, defendeu o republicano. 

Um dos momentos mais tensos do debate aconteceu depois de Trump ter atacado Hunter Biden, condenado por mentir no processo de aquisição de uma arma de fogo. 

“Os crimes de que você ainda é acusado, e pense em todas as coimas civis que tem”, apontou Biden. “Quantos milhares de milhões de dólares deve em coimas civis por molestar uma mulher em público, por fazer uma série de coisas, por ter sexo com uma estrela pornográfica enquanto a sua mulher estava grávida?”, questionou o democrata. “Você tem a moral de um gato vadio”. 

Trump recusou ter tido relações sexuais com uma atriz porno, facto dado como provado no julgamento recentemente concluído em Nova Iorque, que terminou com a sua condenação por esquemas para esconder o caso antes das eleições de 2020. 

Este primeiro debate presidencial de 2024 teve a duração de 90 minutos, com dois intervalos comerciais, e decorre num estúdio do canal CNN em Atlanta, estado da Geórgia, com a moderação dos jornalistas Jake Tapper e Dana Bash.

O primeiro debate presidencial de 2024 teve a duração de 90 minutos, com dois intervalos comerciais, e decorreu num estúdio do canal CNN em Atlanta, estado da Geórgia, com a moderação dos jornalistas Jake Tapper e Dana Bash.

O debate, que colocou frente-a-frente Biden e Trump pela primeira vez em quatro anos, aconteceu num momento em que as sondagens mostram uma disputa acirrada entre os dois candidatos e quando faltam menos de cinco meses para as eleições presidenciais.

Para evitar a repetição das cenas caóticas registadas em debates anteriores, foram ditadas regras incomuns, como um debate sem público, o silenciamento dos microfones quando o candidato rival estiver a falar ou a proibição dos candidatos trocarem ideias com a sua equipa durante os intervalos ou de levarem notas escritas para o palco.

Biden e Trump voltarão a enfrentar-se em 10 de setembro, num segundo debate organizado pela rede ABC News.

Leia Também: Biden acusa Trump de querer assinar proibição nacional do aborto

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