Os detidos foram transferidos para centros médicos na Faixa de Gaza através de uma passagem a leste de Khan Yunis, referiu a fonte, citada pela agência francesa AFP.
Um dos libertados é o médico Mohammed Abu Salmiya, diretor do hospital al-Chifa, precisou a fonte do Hospital dos Mártires de Al Aqsa, na cidade de Deir el-Balah, no centro do enclave.
Cinco das pessoas libertadas foram internados no Hospital dos Mártires de Al-Aqsa e outros foram transferidos para hospitais em Khan Yunis.
Questionado pela AFP sobre a libertação dos prisioneiros, o exército israelita afirmou estar a "verificar essa informação".
Mohammed Abou Salmiya denunciou ter sido sujeito a "torturas graves" durante a detenção em Israel e ter sofrido uma fratura no polegar.
"Os prisioneiros são sujeitos a todos os tipos de tortura", afirmou o médico durante uma conferência de imprensa, segundo a AFP.
O médico disse que "muitos prisioneiros morreram nos centros de interrogatório e foram privados de alimentos e medicamentos".
"Durante dois meses, os prisioneiros comeram apenas um pão por dia", afirmou, referindo que foram "sujeitos a humilhações físicas e psicológicas".
O médico disse ainda ter estado detido sete meses "sem ter sido acusado".
Israel acusa o Hamas, que está no poder em Gaza desde 2007, de utilizar os hospitais para fins militares, o que o grupo extremista palestiniano nega.
"Sob a sua [Salmiya] direção, o hospital foi palco de numerosas atividades terroristas do Hamas", declarou na altura o exército, que revistou quarto a quarto o hospital, o maior do território palestiniano.
"A libertação do diretor do centro médico de al-Chifa em Gaza, juntamente com dezenas de outros terroristas, é uma renúncia à segurança", declarou hoje nas redes sociais o ministro da Segurança Nacional israelita, Itamar Ben Gvir.
Em maio, as associações palestinianas que defendem os direitos dos detidos afirmaram que dois palestinianos, entre os quais um médico de al-Chifa, tinham morrido numa prisão israelita na sequência de torturas e de falta de cuidados.
O exército israelita disse na altura à AFP que "não estava informado" de tais factos.
Os militares israelitas abriram um inquérito em 19 de dezembro, na sequência da morte de vários palestinianos detidos em Gaza desde o ataque de 07 de outubro do Hamas no sul de Israel.
O ataque provocou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas, que responderam com uma ofensiva em Gaza que o Hamas afirma que já causou mais de 37.800 mortos.
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