Meninas afegãs estão há mais de mil dias sem ir poder ir à escola
Foram obrigadas a casar e a sair da casa dos pais.
© Getty Images/ATEF ARYAN/AFP
Mundo Afeganistão
Já se passaram três anos desde que os talibãs assumiram o poder no Afeganistão e que voltaram a proibir as mulheres de frequentar a escola.
Segundo o El Pais, muitas adolescentes foram, desde então, obrigadas a casar ou a sair de casa, dedicando-se à vida doméstica.
A UNICEF partilhou um conjunto de imagens que pretendem assinalar os mil dias em que as meninas afegãs deixaram de poder frequentar o ensino secundário, que é destinado, sobretudo, a meninas a partir dos 12 anos. Segundo esta entidade, esta data aconteceu a 13 de junho, e representa cerca de mil milhões de horas de aprendizagem que foram negadas às raparigas.
Recorde-se que logo após o seu regresso ao poder, em 2021, os Talibã impuseram um conjunto de restrições à vida pública no país, com particular incidência sobre mulheres e meninas, incluído a proibição da sua escolaridade.
Embora os fundamentalistas, com uma visão extremamente rigorosa do Islão, tenham prometido em várias ocasiões reabrir as escolas para meninas, as alunas acima do sexto ano ainda não podem frequentar as aulas, apesar dos apelos da comunidade internacional.
A proibição de escolaridade para pessoas do sexo feminino soma-se a uma série de ordens verbais que impedem meninas com mais de 10 anos de participar em qualquer programa educativo, assim como outras medidas para limitar ou proibir as mulheres de acederem a empregos, expulsando-as da vida pública do Afeganistão.
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