O responsável por estas conversações em nome do executivo venezuelano, Jorge Rodríguez, indicou na rede social X que nesta primeira reunião, as partes manifestaram a sua vontade de trabalhar em conjunto para "melhorar as relações" entre estas nações, tendo acordado manter comunicações "de forma respeitosa e construtiva".
"Expressamos a nossa rejeição das deturpações que os porta-vozes do governo dos EUA (sic) têm repetidamente publicado sobre este diálogo. Advertimos que responderemos sempre com a verdade", observou Rodríguez, que também é presidente do parlamento venezuelano.
Segundo o representante, a sua delegação insistiu "em que o diálogo se limite ao que foi acordado no Qatar", em referência aos pactos que Caracas e Washington assinaram paralelamente às negociações em Barbados entre o governo e a Plataforma Democrática Unida (PUD), o maior bloco da oposição, que resultaram num acordo sobre garantias eleitorais.
O governo do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, acrescentou Rodríguez, também reiterou que, "para continuar a recuperar a confiança mútua e as relações entre os governos, os princípios de autodeterminação, soberania e reciprocidade devem ser respeitados".
Por sua vez, a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, reiterou - em conferência de imprensa - o pedido dos EUA para que o processo de diálogo seja de "boa fé" e reafirmou o pedido para que as eleições presidenciais na Venezuela, a 28 de julho, sejam competitivas e inclusivas.
Desde março de 2022, quando uma delegação da Casa Branca se deslocou a Caracas para se encontrar com Maduro, as conversações entre os EUA e a Venezuela têm sido intermitentes, com altos e baixos.
Entre os acordos alcançados estava o levantamento parcial das sanções dos EUA à Venezuela em outubro passado, um alívio que foi revertido seis meses depois, quando Caracas - de acordo com o governo dos EUA - não cumpriu os acordos alcançados em Barbados.
Leia Também: Brasil deseja eleições livres na Venezuela para país voltar ao Mercosul