Venezuela e EUA de acordo para ganhar confiança e melhorar relações

A Venezuela e os Estados Unidos concordaram hoje em trabalhar para "ganhar confiança" e "melhorar as relações" bilaterais, após a primeira "reunião virtual" entre funcionários dos dois países, sem relações diplomáticas desde 2019, segundo Caracas.

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© Getty Images

Lusa
03/07/2024 23:57 ‧ 03/07/2024 por Lusa

Mundo

Jorge Rodríguez

O responsável por estas conversações em nome do executivo venezuelano, Jorge Rodríguez, indicou na rede social X que nesta primeira reunião, as partes manifestaram a sua vontade de trabalhar em conjunto para "melhorar as relações" entre estas nações, tendo acordado manter comunicações "de forma respeitosa e construtiva".

"Expressamos a nossa rejeição das deturpações que os porta-vozes do governo dos EUA (sic) têm repetidamente publicado sobre este diálogo. Advertimos que responderemos sempre com a verdade", observou Rodríguez, que também é presidente do parlamento venezuelano.

Segundo o representante, a sua delegação insistiu "em que o diálogo se limite ao que foi acordado no Qatar", em referência aos pactos que Caracas e Washington assinaram paralelamente às negociações em Barbados entre o governo e a Plataforma Democrática Unida (PUD), o maior bloco da oposição, que resultaram num acordo sobre garantias eleitorais.

O governo do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, acrescentou Rodríguez, também reiterou que, "para continuar a recuperar a confiança mútua e as relações entre os governos, os princípios de autodeterminação, soberania e reciprocidade devem ser respeitados".

Por sua vez, a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, reiterou - em conferência de imprensa - o pedido dos EUA para que o processo de diálogo seja de "boa fé" e reafirmou o pedido para que as eleições presidenciais na Venezuela, a 28 de julho, sejam competitivas e inclusivas.

Desde março de 2022, quando uma delegação da Casa Branca se deslocou a Caracas para se encontrar com Maduro, as conversações entre os EUA e a Venezuela têm sido intermitentes, com altos e baixos.

Entre os acordos alcançados estava o levantamento parcial das sanções dos EUA à Venezuela em outubro passado, um alívio que foi revertido seis meses depois, quando Caracas - de acordo com o governo dos EUA - não cumpriu os acordos alcançados em Barbados.

Leia Também: Brasil deseja eleições livres na Venezuela para país voltar ao Mercosul

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