"Acolhemos com satisfação o passo positivo da União Europeia de suspender as sanções impostas à Síria por um ano, com vista ao seu levantamento definitivo", comentou o ministro dos Negócios Estrangeiros sírio na rede social X.
Asaad al-Shaybani disse esperar que a decisão "tenha um impacto positivo em todos os aspetos do quotidiano do povo sírio" e promova o desenvolvimento sustentável do país.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE chegaram hoje a acordo sobre uma redução gradual das sanções contra a Síria, admitindo porém uma reposição das restrições caso existam retrocessos democráticos no país.
O anúncio foi feito pela alta representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Kaja Kallas, pouco antes do final de uma reunião de chefes da diplomacia dos 27 em Bruxelas.
"Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia acabaram de concordar com um plano para aliviar as sanções contra a Síria. Apesar de querermos avançar com celeridade, o levantamento das sanções pode ser revertido se se derem passos errados", escreveu Kaja Kallas na rede social X.
A Síria está há mais de um mês sob a autoridade de um novo Governo de transição, liderado pela Organização para a Libertação do Levante (Hayat Tahrir al-Sham, HTS), que em 08 dezembro, à frente de uma coligação de grupos armados rebeldes, derrubou o regime do Presidente Bashar al-Assad, após quase 14 anos de uma devastadora guerra civil.
Outrora ligado à organização terrorista Al-Qaida, esta formação afirma ter renunciado ao 'jihadismo', e o novo Governo está a tentar tranquilizar a comunidade internacional, no sentido de que os direitos das minorias serão respeitados numa Síria multiconfessional e multiétnica.
A UE e vários países da comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos, aplicaram pesadas sanções à Síria, no seguimento da brutal repressão de Assad desde 2011 aos movimentos democráticos no país.
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