A fome, salientam, é consequência da ofensiva desencadeada por Israel após os ataques perpetrados a 7 de outubro de 2023 pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e outras fações palestinianas em território israelita, que causaram 1.200 mortos e levou ao sequestrou de cera de 240 pessoas.
Os peritos indicaram que um bebé de seis meses morreu a 30 de maio, enquanto um rapaz de 13 anos morreu a 1 de junho e um outro de nove a 3 de junho.
"As três crianças morreram devido à subnutrição e à falta de acesso a cuidados de saúde adequados", afirmaram.
"Com estas crianças a morrerem de fome, apesar dos cuidados médicos prestados no centro de Gaza, não há dúvida de que a fome se propagou do norte de Gaza para o centro e sul da Faixa de Gaza", afirmaram, antes de sublinharem que as instalações médicas foram gravemente afetadas pela ofensiva de Israel.
"Quando a primeira criança morre de subnutrição e desidratação, é irrefutável que a fome se instalou", afirmaram, denunciando que "a campanha deliberada e orientada de Israel de fome contra o povo palestiniano é uma forma de violência genocida e causou fome em toda a Faixa de Gaza".
Por outro lado, os especialistas da ONU apelaram à comunidade internacional para que dê prioridade à entrega de ajuda humanitária por terra, por todos os meios necessários, "para pôr fim ao cerco de Israel e estabelecer um cessar-fogo".
"O mundo deveria ter feito uma intervenção mais cedo para impedir a campanha genocida de fome de Israel e evitar estas mortes", acrescentam.
"Quando um bebé de dois meses e Yazan al Kafarne, de 10 anos, morreram de fome a 24 de fevereiro e a 04 de março, respetivamente, confirmou-se que a fome tinha atingido o norte de Gaza", afirmaram, antes de acrescentarem que 34 palestinianos tinham morrido de fome desde 07 de outubro, "a maior parte deles crianças".
"A inação é cumplicidade", acrescentam.
O exército israelita desencadeou uma ofensiva contra a Faixa de Gaza após os ataques de 7 de outubro que, segundo as autoridades de Gaza, liderada pelo Hamas, provocaram mais de 38.200 mortos, além de mais de 560 palestinianos mortos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental em operações das forças israelitas ou em ataques de colonos.
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