Agricultura angolana "precisa de melhor organização"

O Presidente angolano disse hoje que o país "tem tudo para dar certo" no setor da agricultura, mas precisa de melhor organização e de políticas que maximizem os recursos disponíveis, como água abundante e terras aráveis.

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Lusa
22/11/2024 13:29 ‧ há 4 horas por Lusa

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Angola

"O nosso país tem tudo para dar certo neste domínio da agricultura, tudo ou praticamente tudo: terras aráveis, água abundante, bom clima, gente com vontade de trabalhar, as famílias, sobretudo", afirmou João Lourenço.

 

Falando hoje no palácio presidencial, após conferir posse aos novos ministros da Agricultura e Florestas, Isaac dos Anjos, e do Ensino Superior, Albano Vicente Ferreira, considerou que a agricultura familiar "está a crescer a olhos vistos".

"Existe muita produção no campo, de praticamente todos os bens essenciais ao consumo, precisamos é de organizar melhor, de ter políticas que possam maximizar os recursos disponíveis neste setor", referiu.

Para João Lourenço, as fábricas de fertilizantes do Soyo e de vacina animal do Huambo, em construção, são investimentos de que o país precisa para dar o "tão esperado salto" na produção agrícola.

A Isaac dos Anjos, o chefe do executivo angolano pediu "mais ambição", numa altura em que, notou, se fala da necessidade do "combate à fome e a miséria" e da necessidade de se garantir a segurança alimentar.

João Lourenço defendeu, por outro lado, a necessidade de se mudar o quadro das instituições públicas do ensino superior a nível do país, pedindo ao novo titular da pasta ministerial um diagnóstico para identificar os pontos fracos e as melhorias necessárias.

"E traga-nos propostas concretas do que entende ser necessário fazer-se para passarmos a ter um ensino superior público de qualidade, exigente, que não se limita a dar diplomas, mas que forme de facto os jovens", pediu ao ministro do setor, defendendo a necessidade deste andar pelo país e a não se limitar a ler relatórios.

"Abandonem um pouco os gabinetes e mantenham contacto com as instituições sob vossa tutela", exortou o chefe de Estado angolano aos novos governantes.

Em declarações aos jornalistas, Isaac dos Anjos garantiu trabalhar para que a agricultura angolana seja a "arte de enriquecer alegremente", considerando que o país precisa de "discutir o conceito de segurança alimentar" para se "diversificar a oferta".

Quanto ao ministro do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Albano Vicente Ferreira, que substituiu no cargo Paula Regina de Oliveira, que ocupou a pasta apenas em quatro meses, apontou como prioridades o reforço da qualidade do ensino, as infraestruturas públicas e maior rigor no ensino privado.

Hoje, foram ainda empossados os vice-governadores para os Serviços Técnicos e Infraestruturas das províncias de Luanda e Cabinda, respetivamente Calunga Francisco Quissanga e Juliano Cuabi Capita.

Leia Também: Angola. Figuras públicas defendem aposta na educação e no investimento

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