A esposa de Ales Bialiatski, um dos laureados com o Prémio Nobel da Paz em 2022, afirmou que as autoridades do país estão a privar o marido de medicamentos na prisão, à medida que a sua saúde se deteriora.
Ao que revelou a mulher, Natalia Pinchuk, à The Associated Press (AP), a família tem tentado fornecer-lhe medicamentos, mas as autoridades bielorrussas recusam-se a entregá-los.
O Ministério bielorrusso do Interior não respondeu a um pedido de informação da AP.
Recorde-se que o ativista pela democracia bielorrusso Ales Bialiatski, de 61 anos, está a cumprir uma pena de prisão de 10 anos. Segundo a família, sofre de uma série de doenças crónicas que se agravaram durante os três anos em que esteve atrás das grades.
Bialiatski foi detido na sequência dos protestos em massa que se seguiram às eleições de 2020 na Bielorrússia, que deram a Alexander Lukashenko um sexto mandato. A eleição foi considerada fraudulenta pelos líderes ocidentais e por muitos bielorrussos, desencadeando protestos em massa na nação da Europa Oriental.
Em março de 2023, um tribunal considerou Bialiatski e três dos seus colegas do Centro de Direitos Humanos de Viasna culpados de contrabando e de financiamento de ações que violam a ordem pública.
Lukashenko, um aliado de longa data do presidente russo Vladimir Putin, que apoiou a invasão da Ucrânia pela Rússia, governa o país com mão de ferro desde 1994. Durante os protestos de 2020, os maiores da história da Bielorrússia, mais de 35.000 pessoas foram detidas e milhares foram espancadas pela polícia.
A repressão da dissidência continua quatro anos depois.
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