Dois dias depois de ter sido emitido um mandado de captura contra si, Yulia Navalnaya aparece na lista mantida pela 'Rosfinmonitoring', o serviço de informações financeiras da Rússia, segundo a agência noticiosa AFP.
Na terça-feira, a justiça russa anunciou que Iulia Navalnaya, que vive no estrangeiro, era alvo de um mandado de captura por "participação num grupo extremista".
"Que rapidez! (...) Se são assim tão diligentes, é porque Iulia Navalnaya está a fazer tudo bem", gracejou na rede social X (antigo Twitter) o antigo porta-voz de Alexei Navalny, Kira Iarmych, que também está no exílio.
Navalnaya, que prometeu continuar a causa do marido a partir do exílio, acusa o Presidente russo, Vladimir Putin, de ser responsável pela morte de Alexei Navalny e afirma que o seu poder se baseia em "desinformação, mentiras, enganos e provocações".
Navalny morreu subitamente a 16 de fevereiro, um mês antes das eleições presidenciais de 17 de março, em que Putin era o candidato favorito, depois de dar um passeio na penitenciária IK-3 na cidade ártica de Jarp , de acordo com as autoridades prisionais.
A oposição russa acusa o Kremlin de estar por trás da sua morte, enquanto Putin afirma que se tratou de uma morte natural.
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