EUA desbloqueiam entrega de bombas de 226 quilos a Israel

Os EUA desbloquearam a entrega de um carregamento de bombas de 226 quilogramas (kg) a Israel, suspensa em maio face às preocupações de Washington quanto à ofensiva em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, revelou hoje um funcionário norte-americano.

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© Israel Defense Forces/Handout via REUTERS

Lusa
11/07/2024 18:07 ‧ 11/07/2024 por Lusa

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A entrega das bombas de 500 libras, equivalentes a 226 quilogramas, foi suspensa devido à presença, no mesmo carregamento, de 1.800 bombas mais pesadas (907 kg) e "ao impacto que poderiam ter em ambientes urbanos densos", disse na altura um alto funcionário dos Estados Unidos, entre receios de uma grande operação militar terrestre em Rafah.

 

"Temos sido claros quanto à nossa preocupação em relação à utilização final das bombas de 2.000 libras (907 kg), particularmente antes da campanha de Israel em Rafah", disse hoje um alto funcionário norte-americano, sob condição de anonimato.

"Devido à forma como estes carregamentos são organizados, outras munições podem por vezes ser misturadas. Foi o que aconteceu com estas bombas de 500 libras", disse.

"Uma vez que a nossa preocupação não se prendia com as bombas de 500 libras, a entrega destas poderá ser efetuada no âmbito do processo normal", acrescentou.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, acusou o governo dos Estados Unidos, o seu principal apoiante militar, de abrandar o fornecimento de armas a Israel, que está em guerra em Gaza contra o Hamas desde que o movimento islamita palestiniano atacou solo israelita, a 07 de outubro de 2023.

Exasperados, os funcionários norte-americanos negaram veementemente estas acusações, explicando que tinham congelado esta única entrega. 

No final de junho, ambas as partes anunciaram "progressos significativos" sobre a questão.

O Presidente norte-americano, Joe Biden, deu a Israel um apoio político e militar inabalável após o ataque do Hamas. 

No entanto, manifestou publicamente algumas reservas sobre a forma como Netanyahu está a orquestrar a ofensiva militar, tendo em conta a crise humanitária e o número de mortos entre os civis palestinianos.

A guerra eclodiu a 07 de outubro, após um ataque sem precedentes dos comandos do Hamas infiltrados no sul de Israel a partir de Gaza, que causou a morte a cerca de 1.200 pessoas, na maioria civis, segundo dados oficiais israelitas.

Em resposta, Israel prometeu destruir o Hamas, que está no poder em Gaza desde 2007, e lançou uma ofensiva militar que já causou 38.345 mortos, incluindo 50 nas últimas 24 horas, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do governo de Gaza, dirigido pelo Hamas.

Leia Também: Israel divulga lista de trabalhadores da UNRWA que serão membros do Hamas

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