"No que diz respeito ao caso Rheinmetall, penso que é mais uma prova de que o Presidente russo (Vladimir Putin) está a travar uma guerra híbrida contra a Europa. Isto inclui ciberataques, sabotagem, campanhas de desinformação e também ataques contra pessoas em solo europeu", disse Baerbock, na cimeira da NATO, a decorrer em Washington.
A CNN revelou que os serviços secretos norte-americanos e os seus homólogos alemães travaram este ano uma conspiração russa para matar Armin Pappenberg, cuja empresa, considerada o maior fabricante de armas da Europa, tem sido fundamental para o apoio alemão a Kiev.
Baerbock, que é membro dos Verdes - partido com tradição pacifista - disse que, na situação atual, era evidente que não se podia recorrer às receitas do passado.
"Há dois anos e meio (invasão russa da Ucrânia), acordámos num mundo diferente, um mundo em que o Presidente russo tinha quebrado a ordem de paz europeia e em que já nada era igual", disse.
"Durante muito tempo houve reuniões do Conselho NATO-Rússia em que se procurava chegar a acordos de desarmamento para garantir a paz. Agora sabemos que, para viver em paz, temos de ter capacidade de dissuasão e de defesa com os nossos parceiros europeus", acrescentou a ministra.
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