Kyiv e parceiros do Indo-Pacífico condenam acordo Rússia-Coreia do Norte

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e os parceiros da NATO na região Indo-Pacífico condenaram hoje o acordo de associação firmado entre Rússia e Coreia do Norte, tendo como pano de fundo a guerra na Ucrânia.

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© Valeria Mongelli/Bloomberg via Getty Images

Lusa
11/07/2024 21:15 ‧ 11/07/2024 por Lusa

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"Os líderes discutiram a situação em mudança na região Indo-Pacífico, que exige unidade em questões de segurança, e condenaram o recente acordo de parceria estratégica abrangente entre a Rússia e a Coreia do Norte", observou a Presidência ucraniana em comunicado, no âmbito da Cimeira da NATO em Washington.

 

A reunião contou com a presença do Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol; dos primeiros-ministros da Nova Zelândia e do Japão, Christopher Luxon e Fumio Kishida, respetivamente; e do ministro da Defesa australiano, Richard Marles.

À margem da Cimeira, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também se reuniu com parceiros da NATO no Indo-Pacífico, com foco nos "desafios" que afetam a segurança euro-atlântica e a região do Indo-Pacífico.

"O Presidente Biden saúda o apoio corajoso à Ucrânia oferecido por cada um dos parceiros da NATO no Indo-Pacífico", indicou a Casa Branca.

Os países em causa reiteraram a sua condenação da guerra na Ucrânia e comprometeram-se a continuar a apoiar Kyiv.

Da mesma forma, condenaram as "transferências ilegais de armas" de Pyongyang para Moscovo, uma vez que "minam a paz e a estabilidade" em ambas as regiões.

Expressaram igualmente "séria preocupação com a crescente cooperação militar e económica entre a Rússia e a Coreia do Norte, que viola múltiplas resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas", acrescentou.

"Os líderes saudaram o facto de o secretário [de Estado norte-americano Antony] Blinken e os ministros dos Negócios Estrangeiros da Austrália, Japão, Nova Zelândia e Coreia do Sul pretenderem reunir-se ainda este ano para promover uma maior cooperação entre os nossos países", concluíram.

Mais cedo, os Estados-membros da NATO e os seus parceiros na região Indo-Pacífico manifestaram, durante uma sessão da Cimeira da Aliança Atlântica em Washington, preocupação com o apoio que a China dá à "economia de guerra russa".

Segundo o secretário-geral da Aliança, Jens Stoltenberg, a resposta que a NATO deve dar aos desafios colocados pela China e pela Rússia é colaborar "cada vez mais estreitamente para preservar a paz e proteger a ordem internacional baseada nas leis".

Stoltenberg disse na quarta-feira que os aliados estão "a definir claramente a responsabilidade da China pela facilitação da guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia".

"A China é uma preocupação crescente para nós, ajudando a Rússia a obter equipamento militar", comentou, por sua vez, o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, que considerou necessário que a Europa se envolva mais na segurança no Pacífico.

"A segurança é hoje algo muito global, não uma questão regional", disse ele.

Na quarta-feira, a NATO aprovou uma declaração na qual considera que "as ambições declaradas e as políticas coercivas da China continuam a desafiar" os seus "interesses, segurança e valores".

Especificamente, a organização notou a sua "profunda preocupação" com a "parceria estratégica" entre a Rússia e a China e alertou que enfrentam "ameaças híbridas, cibernéticas, espaciais e outras, assim como atividades maliciosas por parte de atores estatais e não estatais". 

Embora a Aliança não tenha conhecimento de que Pequim fornece armas diretamente à Rússia, avisa que lhe está a enviar a tecnologia e material de que necessita para criar armas.

Leia Também: Zelensky diz que adesão à NATO está "muito próxima" e pede uso de armas

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