Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average permaneceu positivo, ao avançar 0,08%.
Pelo contrário, o tecnológico Nasdaq, após sete recordes consecutivos, cedeu 1,95%, e o alargado S&P500 perdeu 0,88% do máximo que estabelecera na quarta-feira.
A inflação nos EUA, aferida pelo índice de preços no consumidor (IPC), arrefeceu mais do que previsto em junho, com o valor anual a ser três por cento, abaixo dos 3,3% de maio e dos 3,1% que os economistas esperavam.
Em termos mensais, o IPC recuou 0,1%, depois do ligeiro crescimento que apresentou em maio. Esta foi a primeira vez que os preços recuaram em termos mensais desde 2020.
"O declínio dos preços no consumo (...) vai reforçar os argumentos para a Reserva Federal começar a baixar a taxa de juro de referência em setembro, em particular se o mercado de trabalho também arrefecer", considerou Ryan Sweet, economista-chefe da Oxford Economics.
Os investidores fizeram durante o dia uma rotação dos seus investimentos, o que favoreceu o índice Russell 2000, que fechou em alta de 3,69%.
As duas mil pequenas e médias empresas cotadas em bolsa agrupadas neste índice têm sido preteridas, nos últimos tempos, em favor das integrantes do Nasdaq.
"Estamos a assistir a uma rotação das grandes capitalizações e do setor dos semicondutores, que têm dirigido dança até agora, para empresas que têm estado marginalizadas, como as pequenas e médias capitalizações", disse Adam Sarhan, analista da 50 Park Investment, à AFP.
Esta rotação foi motivada pela "realização de ganhos depois da forte subida do setor da tecnologia", acrescentou.
De facto, todos principais nomes da tecnologia cederam terreno, como a favorita dos investidores, a Nvidia, que perdeu 5,57%, mas também a Amazon (-2,37%), a Apple (-2,32%) ou a Intel (-3,93%).
Mas a queda mais espetacular foi a da Tesla (-8,44%).
O construtor de veículos elétricos decidiu adiar para outubro o lançamento do seu robotaxi, um veículo sem condutor, que tinha sido anunciado para o início de agosto, segundo informações divulgadas pela imprensa.
Este lançamento é considerado o início de um novo capítulo da história do construtor em matéria de condução autónoma. Mas o grupo de Elon Musk parece precisar de mais dois meses para produzir os protótipos.
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