O número de mortos decorrentes do ataque em Al-Mawasi, em Gaza, subiu para 90.
A informação é avançada pelo ministério da Saúde palestiniano, citado pela agência France-Presse.
Segundo a tutela, "metade" das vítimas mortais registadas na sequência do ataque que aconteceu este sábado são mulheres e crianças.
Haverá ainda cerca de 300 feridos, muitos dos quais em "estado grave".
O exército israelita confirmou que o ataque tinha como alvo o comandante das milícias do Hamas em Gaza, Mohamed Deif, e o comandante local do Hamas na cidade de Khan Younis, próximo do acampamento atingido. Muitas vítimas foram transportadas para o Hospital de Nasser, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
Ainda não é claro se o ataque ocorreu dentro de Muwasi, uma zona humanitária designada por Israel, que se estende do norte de Israel até Khan Younis.
A faixa costeira foi para onde centenas de milhares de palestinianos fugiram, em busca de segurança, abrigando-se principalmente em tendas improvisadas.
Israel lançou a campanha na Faixa de Gaza depois de um ataque do Hamas em 7 de outubro, no qual militantes do movimento entraram no sul de Israel e mataram 1.200 pessoas, maioritariamente civis, e raptaram cerca de 250 pessoas.
Desde então, as ofensivas terrestres e os bombardeamentos de Israel mataram mais de 38.300 pessoas em Gaza e feriram mais de 88.000, de acordo com o Ministério da Saúde do território.
O ministério não distingue entre civis e combatentes na contagem das vítimas.
Mais de 80% dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza foram expulsos de casa e a maioria encontra-se agora em acampamentos miseráveis, enfrentando a fome generalizada.
[Notícia atualizada às 19h07]
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