"A presidência considera que o Hamas - ao impedir a unidade nacional e proporcionar pretextos gratuitos ao Estado ocupante - é um parceiro que assume a responsabilidade jurídica, moral e política pela continuação da guerra de aniquilação israelita na Faixa de Gaza, com todo o sofrimento, destruição e morte que causa ao nosso povo", refere uma declaração de Abbas, citada pela agência Efe.
A Faixa de Gaza é controlada pelo Hamas desde 2007, quando o grupo islamita assumiu o poder após ganhar as eleições legislativas um ano antes, afastando a Fatah, da Autoridade Palestiniana.
"A presidência pede ao movimento Hamas que dê prioridade aos interesses nacionais mais elevados e elimine os pretextos da ocupação para deter este massacre aberto contra o nosso povo", acrescenta a mensagem, publicada na agência oficial palestiniana Wafa.
Abbas também considera o ataque israelita a Mawasi "um massacre horrível".
As autoridades do Hamas disseram que subiu para 90 o número de mortos no ataque israelita à zona humanitária de Mawasi para eliminar Mohamed Deif, líder do braço armado do movimento palestiniano Hamas, e Rafaa Salameh, o comandante da brigada de Khan Younis.
Segundo o Hamas, metade das vítimas mortais são mulheres e crianças e o bombardeamento deixou mais de 300 feridos, alguns em estado crítico.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou entretanto que "ainda não há a certeza absoluta" quanto à eliminação dos dois dirigentes do Hamas.
As autoridades israelitas asseguram que lançaram esta operação com base em informação fiável dos serviços secretos.
"A presidência palestiniana condena este massacre e responsabiliza plenamente o governo israelita e a administração dos Estados Unidos, que dá todo o tipo de apoio à ocupação e aos seus crimes e é um elo nos massacres diários cometidos pelos ocupantes na Faixa de Gaza e na Cisjordânia", afirmou Abbas.
"São crimes de guerra, crimes contra a humanidade e uma guerra genocida", acrescentou.
O conflito armado em Gaza foi desencadeado após um ataque do Hamas em território israelita, no dia 07 de outubro do ano passado, que fez 1.200 mortos. Cerca de 250 pessoas foram levadas como reféns para Gaza.
Israel retaliou com uma campanha militar de grande escala em Gaza, que fez até agora mais de 38 mil mortos, de acordo com o balanço das autoridades do Hamas.
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