A NATO indicou em comunicado que Turner vai liderar a representação da Aliança em Kyiv a partir de setembro.
Turner ocupou anteriormente os cargos de subsecretário-geral das Operações da NATO e de subsecretário-geral da Política de Defesa e Planificação, para além de funções de topo na administração pública do Reino Unido.
"Patrick Turner possui vários anos de liderança e experiência. Na qualidade de funcionário público comprometido, possui um sólido historial de obtenção de resultados. Estou seguro que se destacará neste importante cargo e quando a NATO continua a reforçar o seu apoio à Ucrânia", declarou Stoltenberg.
Por sua vez, Turner manifestou-se "profundamente honrado" por esta escolha e manifestou o desejo de liderar a representação aliada nesse país e trabalhar "de forma muito estreita" com as autoridades ucranianas e os aliados e parceiros para ajudar a proporcionar o apoio da organização transatlântica a Kiev.
A NATO precisou que Turner vai liderar a representação aliada na Ucrânia e atuará como o "ponto focal" para o "compromisso" da organização transatlântica com as autoridades ucranianas de Kiev.
"Vai coordenar os esforços da NATO e proporcionar à Aliança as avaliações e recomendações sobre a situação na Ucrânia", assinalou a organização.
Na cimeira da NATO que decorreu na passada semana em Washington, foi acordado que a Aliança assumirá as tarefas de coordenação no fornecimento de equipamento militar e de treino à Ucrânia.
Os aliados também anunciaram um compromisso financeiro de assistência à segurança a Kiev de pelo menos 40 mil milhões de euros nos próximos 12 meses.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais, que também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.
Os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.
Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas têm-se confrontado com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se.
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