A vitória da Argentina na Copa América ficou marcada por uma polémica, que envolve o ex-jogador do Benfica Enzo Fernandez.
Em causa está um direto feito pelo jogador, durante os festejos da equipa campeã, em que este filmou colegas a entoarem cânticos racistas.
As imagens deram que falar e, esta quarta-feira, o secretário do Desporto do Governo argentino pediu publicamente que o capitão da seleção, Lionel Messi, se desculpasse pela polémica, em nome da equipa. O seu pedido surgiu depois de a FIFA ter decidido abrir uma investigação aos cânticos.
Contudo, a posição do governante deixou muitos adeptos da seleção chocados, até porque Lionel Messi não é o responsável pela divulgação do vídeo e nem surge nas imagens, escreve o ABC.
No início da noite, a vice-presidente argentina juntou-se à polémica através de uma mensagem nas suas redes sociais, na qual afirmou que “a Argentina é um país soberano e livre. Nunca tivemos colónias ou cidadãos de segunda classe. Nunca impusemos o nosso modo de vida a ninguém. Mas também não vamos tolerar que o façam conosco”.
A polémica gerou reboliço nas redes socias, onde se pedia a demissão de Julio Garro. Pedido que foi aceite e anunciado precisamente no X, através da conta oficial da presidência da Argentina.
"A Presidência da República informa que nenhum governo pode dizer o que comentar, o que pensar ou o que fazer à seleção argentina, campeã do mundo e bicampeã da América, ou a qualquer outro cidadão. Por esta razão, Julio Garro deixa o cargo de Subsecretário de Desportos da Nação.
La Oficina del Presidente informa que ningún gobierno puede decirle qué comentar, qué pensar o qué hacer a la Selección Argentina Campeona del Mundo y Bicampeona de América, ni a ningún otro ciudadano. Por esta razón, Julio Garro deja de ser Subsecretario de Deportes de la… pic.twitter.com/o4JRC7gGB1
— Oficina del Presidente (@OPRArgentina) July 17, 2024
Julio Garro ainda tentou explicar-se afirmando que lamentava se o seu comentário tinha ofendido alguém. Revelou que após a polémica colocou o seu lugar à disposição.
"Lamento muito se o meu comentário ofendeu alguém, nunca foi essa a minha intenção, e é por isso que apresentei a minha demissão, embora esteja sempre do outro lado da discriminação em todas as suas formas (...) Envio os meus melhores votos ao Governo neste caminho de transformação e a todos os atletas olímpicos e paralímpicos que nos representarão como atletas perante o mundo em Paris 2024”, escreveu.
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