Exército israelita deteta 45 disparos do Hezbollah a partir do Líbano
O Exército israelita registou o lançamento de 45 'rockets' provenientes do Líbano ao longo do dia de hoje, segundo um comunicado das forças de Telavive, num novo pico nas hostilidades com a milícia xiita libanesa Hezbollah.
© Reuters
Mundo Médio Oriente
"Foram detetados cerca de 30 mísseis a atravessar o Líbano, vários foram intercetados por combatentes de defesa aérea e os restantes caíram em áreas abertas", informou o Exército a propósito de uma série de ataques dirigidos contra os Montes Golã, no norte de Israel.
Alguns dos disparos danificaram uma fábrica no kibutz (comunidade agrária) de Amir, e noutras zonas da região a queda de projéteis deu início a incêndios que os bombeiros ainda tentavam extinguir.
Pouco depois, outra rajada de 10 projéteis provocou alertas israelitas no noroeste do país, mas "não há vítimas", disse o Exército.
A meio da tarde, uma terceira salva com mais cinco 'rockets' atravessou a divisão norte, embora a maioria tenha sido intercetada por caças de defesa aérea.
Desde sexta-feira, o número de ataques do Hezbollah em território israelita aumentou significativamente, coincidindo com a morte de vários milicianos do grupo xiita nos últimos dias e com o bombardeamento dos Huthis do Iémen contra Telavive, em que um "erro humano" do Exército levou a uma explosão de um 'drone' na capital israelita, matando uma pessoa.
As forças armadas israelitas indicaram à agência EFE que o Hezbollah lançou pelo menos 80 'rockets' contra Israel na sexta-feira, em pelo menos 16 ataques que o grupo xiita informou ao longo do dia.
A fronteira entre Israel e o Líbano vive o seu pico de tensão mais elevado desde 2006, com uma intensa troca de tiros iniciada em outubro, que custou a vida a pelo menos 537 pessoas, a maioria do lado libanês e nas fileiras do Hezbollah, que confirmou mais de 330 vítimas de combatentes e comandantes, alguns na Síria, enquanto em Israel morreram 30 pessoas no norte do país (18 militares e 12 civis).
O aumento das hostilidades coincidiu com o ataque do grupo islamita palestiniano Hamas a Israel, em 07 de outubro, deixando quase 1.200 mortos, segundo as autoridades israelitas, que, desde então, executam uma ampla operação militar na Faixa de Gaza, que, de acordo com o governo local, provocou cerca de 39 mil vítimas mortais, na maioria civis.
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