Numa mensagem vídeo, após um bombardeamento em Hodeida, no Iémen, Netanyahu procura apoio internacional, afirmando que "qualquer pessoa que queira ver um Médio Oriente estável e seguro deve opor-se ao 'eixo do mal' do Irão", que, no seu entender, inclui o Iémen, Gaza ou Líbano.
Israel aprovou hoje os bombardeamentos de Hodeida, na costa do Mar Vermelho, um dia depois de um 'drone' dos rebeldes ter matado um civil israelita em Telavive.
Benjamin Netanyahu acompanhou os ataques deste sábado em direto, juntamente com o chefe do Estado-Maior, Herzi Halevi, e com o ministro da Defesa, Yoav Gallant.
As forças armadas israelitas divulgaram um vídeo de caças F-15, alegadamente antes de descolarem para o ataque no Iémen. Nas redes sociais, centenas de utilizadores publicaram vídeos mostrando os aviões a sobrevoar o Mar Vermelho, filmados a partir da cidade de Eilat, no sul de Israel.
Os rebeldes xiitas Hutis do Iémen confirmaram que jatos israelitas bombardearam depósitos de petróleo e a central elétrica da cidade portuária de Hodeida, onde o Ministério da Saúde huthi disse haver "80 pessoas feridas, a maioria das quais com queimaduras graves".
Netanyahu apelou à comunidade internacional para que "aumente os seus esforços para travar a agressão do Irão e proteger a liberdade internacional de navegação", uma vez que os Hutis, apoiados por Teerão, assumiram a responsabilidade por centenas de ataques a Israel e a navios no Mar Vermelho.
Hodeida é uma cidade portuária no oeste do Iémen, frequentemente utilizada pelos rebeldes iemenitas para lançar ataques contra navios israelitas ou ligados a empresas deste país.
Desde o início do ano, os Estados Unidos e o Reino Unido têm realizado numerosos bombardeamentos aéreos contra posições dos rebeldes apoiados por Teerão - no Iémen, de onde os Hutis lançam mísseis e ataques de drones contra navios nos mares Vermelho e Arábico.
Estas ações conduziram a uma grave redução do tráfego numa das rotas comerciais mais importantes do mundo.
Os Hutis justificam as suas ações com solidariedade para com os palestinianos e em resposta à guerra israelita na Faixa de Gaza, na qual já morreram mais de 38 mil pessoas e onde se regista uma crise humanitária de grandes proporções, segundo as autoridades locais.
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