Com 64 votos a favor e 27 contra dos 101 deputados, o antigo ministro do Clima vai agora formar o executivo, segundo um comunicado de imprensa do parlamento estónio, que hoje teve uma sessão extraordinária para discutir a questão.
Michal deu especial importância ao tema da segurança no país báltico, na sequência da invasão russa da Ucrânia, que se iniciou em fevereiro de 2022. A Estónia tem uma fronteira de quase 300 quilómetros com a Rússia.
"A segurança, a economia estónia e os meios de subsistência do nosso povo foram afetados", afirmou o novo primeira-ministro durante a sessão parlamentar, lamentando que Talin tenha "negligenciado a tomada de muitas das suas próprias decisões" nos últimos anos.
Michal apresentou a intenção de aumentar os impostos na Estónia porque, apesar de assumir que pode ser uma medida impopular, "a incerteza tem um efeito ainda maior e mais prejudicial".
O novo executivo deve ser apresentado até ao final do dia, seguindo-se a aprovação do Presidente do país, Alar Karis.
Karis encarregou Michal, do Partido Reformista, de formar um governo após a saída de Kallas na semana passada para se tornar Alta Representante da União Europeia para a Política Externa, substituindo Josep Borrell na nova legislatura.
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