Em diferentes declarações, grupos influentes de ação política, como são conhecidas nos Estados Unidos organizações cujo objetivo é angariar dinheiro para apoiar um candidato específico, manifestaram o seu apoio a Harris um dia depois de o atual chefe de Estado, Joe Biden, ter abandonado a corrida eleitoral.
Entre estes está o grupo Unidos Us, o braço de angariação de fundos da ONG (organização não-governamental) com o mesmo nome, a maior plataforma a favor dos direitos das pessoas de origem latina nos EUA.
"Acreditamos num país onde o progresso económico, político e social para todos pode ser uma realidade (...) Encorajamos todos os latinos a apoiarem Harris", frisou a organização, em comunicado.
Na mesma linha, o comité de ação política do Congressional Hispanic Caucus também deu um impulso a Harris: "Os latinos de todo o país são os que sofrerão as consequências de uma segunda presidência de Trump", sublinhou o grupo, também em comunicado.
A organização Voto Latino, por sua vez, também deu o seu aval à vice-presidente e anunciou que vai atribuir 44 milhões de dólares para a realização de campanhas de mobilização dos eleitores latinos neste ciclo eleitoral.
"Harris compreende a experiência dos migrantes de uma forma que poucos líderes no país conseguem; ela representa o sonho americano", realçou a diretora da Voto Latino, Maria Teresa Kumar, em comunicado.
Por enquanto, pelo menos duas ONG nacionais de direitos dos migrantes, a CASA e a Immigration Hub, apoiaram Harris.
Durante o seu mandato, a vice-presidente democrata foi alvo de críticas por parte de ambos os partidos políticos pelo seu papel como líder da Casa Branca na abordagem das "causas profundas" da migração.
Pouco depois de se saber que Harris seria a escolha de Biden para o substituir nas urnas, os republicanos acusaram-na de ser "responsável" por criar uma "crise" na fronteira com o México.
Também mais de uma dezena de congressistas hispânicos dos EUA já manifestaram apoio a Kamala Harris.
O líder da minoria democrata na Câmara de Representantes do Congresso, Pete Aguilar, elogiou hoje a "decisão patriótica de Biden" de se retirar da corrida, e assegurou o seu apoio à sua vice-presidente, Kamala Harris.
Da mesma forma, o congressista nova-iorquino Adriano Espaillat manifestou o seu apoio a Harris numa declaração em que defende que o "país deve unir-se em torno dela".
Também a líder do grupo hispânico no Congresso, Nanette Barragán, expressou a sua gratidão a Biden e Harris, em nome dos latinos dos EUA.
De igual modo, a congressista Linda Sánchez, presidente do setor de campanha do grupo hispânico no Congresso, tornou público numa declaração o seu apoio a Harris.
Outros representantes latinos da Câmara de Representantes que se juntaram a Harris são Verónica Escobar, Joaquín Castro, Rubén Gallego, Robert García e Sylvia García.
Entre os senadores hispânicos que demonstraram apoio a Harris estão Alex Padilla (Califórnia) e Catherine Cortez Masto (Nevada), que disseram que a vice-presidente tem experiência suficiente e um historial comprovado para ser a próxima inquilina da Casa Branca.
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