Há uma nova Barbie mesmo a chegar. Desta vez, a fabricante Mattel procurou alargar o seu catálogo de bonecas dedicadas à inclusividade com a introdução de uma Barbie com deficiência visual, o que, na sua ótica, permitirá que crianças cegas ou com pouca visão se sintam mais representadas em sociedade.
“Reconhecemos que a Barbie é muito mais do que uma boneca; representa expressão pessoal e pode criar um sentimento de pertença”, disse a vice-presidente sénior da empresa, Krista Berger, citada pelo The Guardian.
Para o efeito, a Mattel colaborou com a Fundação Americana para Cegos, por forma a assegurar-se de que todos os pormenores, desde os olhos até ao vestuário, retratavam com precisão as pessoas com cegueira e baixa visão.
Nessa linha, a Barbie inclui ainda uma bengala branca e vermelha com uma ponta de plástico, e os seus olhos estão ligeiramente virados para cima e para o lado, para “refletir o olhar distinto de um indivíduo cego”.
Além disso, a própria roupa da boneca foi criada depois de testes com crianças cegas e deficiências visuais, tendo a empresa optado por uma camisa de cetim e uma saia de tule rosa. A caixa da Barbie também promete ser de abertura mais fácil, contendo uma inscrição em braille.
“Quando era adolescente, sentia-me isolada por ter perdido a visão e por não ver modelos como eu. Tinha vergonha da minha bengala - mas saber que a Barbie tem uma bengala ter-me-ia feito sentir muito diferente em relação à minha e ter-me-ia ajudado a sentir menos sozinha na minha jornada para aceitar e abraçar a minha cegueira”, detalhou a ativista Lucy Edwards.
O brinquedo faz parte da linha Barbie Fashonista, que passou a incluir, em 2019, 176 bonecas com nove tipos de corpo diferentes, 35 tons de pele e 94 estilos de cabelo. Além de uma boneca com uma prótese de perna e uma cadeira de rodas, a coleção conta ainda com uma Barbie surda e uma boneca Ken com vitiligo, uma doença autoimune que faz com que a pele perca pigmento.
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