A SOS Orinoco sublinhou, na rede social X, que o GNB "se dedica ao 'garimpo' em territórios amazónicos 'triplamente' protegidos pela lei venezuelana, onde existem terras do povo indígena Yanomami, parques nacionais e reservas da biosfera.
"Contamos [no sudeste do Amazonas] 261 hectares de mineração intensiva e 1.600 hectares desmatados até abril de 2024, a maior parte deles associados [também] à mineração", realçou a organização, apresentando também imagens das áreas impactadas.
A SOS Orinoco partilhou ainda um mapa no qual mostrava a envolvente do posto militar Delgado Chalbaud do GNB, onde existe "uma pista de aterragem utilizada por garimpeiros", e registou "o crescimento da mineração entre dezembro de 2022 e março de 2024, totalizando hoje 100 hectares de exploração mineira."
A ONG criticou a 'Operação Nevoeiro', que qualificou como um "show mediático", uma operação que foi criada - segundo as Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB) - no Amazonas "para proteger os espaços naturais", como "parques nacionais e monumentos, reservas florestais e da biosfera".
Em março, o comandante operacional estratégico da FANB, Domingo Hernández Lárez, informou que mais de 7 mil pessoas que praticavam mineração ilegal foram despejadas nos estados da região que compõem a Amazónia venezuelana, Amazonas e Bolívar (sul, na fronteira com o Brasil).
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