Joe Biden deixa Casa Branca com "legado inigualável"... mas porquê?

Do aborto à luta contra a violência armada e passando também pelos biliões que foram gastos em apoios, houve muitos momentos que marcaram a administração Biden.

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© Chip Somodevilla/Getty Images

Notícias ao Minuto
24/07/2024 19:15 ‧ 24/07/2024 por Notícias ao Minuto

Mundo

EUA

 

 

Desde o atentado contra Donald Trump, que faz com que a direção do FBI esteja esta quarta-feira a ser ouvida, até ao anúncio da desistência da corrida eleitoral por parte de Joe Biden, as últimas semanas têm agitado 'as águas' nos Estados Unidos.

A saída de Biden da corrida fez com que democratas e líderes mundiais elogiassem a decisão, referindo que este tinha sido "corajoso". Também Kamala Harris, a sua 'vice', e ao que tudo indica, a escolha do Partido Democrata para as eleições, deixou rasgados elogios ao presidente norte-americano, considerando que o legado que este deixa é "inigualável".

"Sem precedentes". Como decidiu Biden, quando e quem soube primeiro?

Tudo indicava que o presidente regressaria ao trilho de campanha esta semana mas, no domingo de manhã, o democrata mudou de ideias.

Notícias ao Minuto com Lusa | 10:24 - 22/07/2024

Mas entre elogios, o que fez Joe Biden para 'merecer'?

Joe Biden já estava na política há décadas quando assumiu o cargo mais importante do país. O democrata foi senador pelo estado de Delaware por quase 40 anos e já tinha 'visitado' a Casa Branca na administração Obama, quando assumiu o cargo de vice-presidente dos EUA por oito anos, entre 2009 e 2017.

Mas foi quando derrotou Donald Trump nas urnas, e assumiu o cargo em 2021, que ganhou 'pontos' com muitos norte-americanos, numa altura em que começaram mais conflitos a nível mundial, uma pandemia e, também, logo à 'chegada' à Casa Branca, o ataque ao Capitólio por parte dos apoiantes de Trump - visto como o maior ataque à democracia dos Estados Unidos.

Na saúde...

De acordo com um artigo da Sky News, uma das mudanças mais importantes aconteceu logo quando Biden assumiu a presidência. Assinou duas leis para reestabelecer o Affordable Care Act, que ficou conhecido por 'Obamacare', e cuja criação teve o objetivo de alargar serviços de saúde a mais pessoas, assim como tornar esse acesso mais fácil a nível económico - apesar de este não ser um serviço de saúde universal, mas estar relacionado com seguradoras.

O programa surgiu durante a administração Obama e Trump pediu a revogação do mesmo durante a sua presidência. Após entrar na Casa Branca, Joe Biden descreveu as duas leis assinadas como uma forma de "desfazer os danos causados por Trump".

Apesar de adesões aos níveis de seguros de saúde terem atingido um nível histórico de 7,2% no 2.º semestre do ano passado, no início deste ano ultrapassaram os 20 milhões - com novas adesões registadas em estados tradicionalmente republicanos, como o Louisiana, Texas ou Florida.

Segundo a Casa Branca, quatro em cada cinco planos acessíveis através do 'Obamacare' custam 10 dólares por mês, ou menos - cerca de dez euros.

E na doença...

Joe Biden colocou em prática um plano de resgate no âmbito da Covid-19, no valor de 1,9 biliões de dólares (cerca de 1,8 biliões de euros). O dinheiro serviu para apoiar as famílias e negócios afetados durante a pandemia, e foi uma medida que teve muitas críticas, já que muitos diziam que a inflação iria ser gravemente afetada.

A inflação

Também a inflação reduziu durante a sua presidência, numa altura em que a guerra na Ucrânia começou e também todos os países começavam a recuperar da pandemia de Covid-19. Uma lei assinada em 2022 ajudou a baixar preços de medicamentos mais caros e foram investidos créditos fiscais para energias limpas.

Empregabilidade

Também o emprego será algo a não esquecer durante a sua administração, já que, durante os primeiros três anos da sua governação, foram criados 14,8 milhões de postos de trabalho, mais empregos do que no mesmo período em qualquer outra presidência.

O desemprego manteve-se abaixo dos 4% durante todo o seu mandato, o que significa que é o nível mais baixo dos últimos 50 anos.

Restrições nas armas

Também as armas foram um tema marcante na presidência de Biden, já que houve uma lei que teve 'luz verde' e que introduziu controlos reforçados dos antecedentes a mais jovens, entre os 18 e os 21 anos. A lei em questão colocava também mais dinheiro para restrições de emergência às licenças de indivíduos de 'alto risco'.

Biden 'apertou' também no âmbito da violência doméstica, já que esta lei dificultou o acesso às armas por parte dos indivíduos que já tivessem sido acusados e considerados culpados de crimes deste género de crime.

O aborto

Depois da Roe vs. Wade ter sido revertida, em 2022, pelo Supremo Tribunal, e de os estados ficarem com mais 'margem de manobra' para limitar o acesso ao direito ao aborto - como aconteceu em muitos estados -, Biden lutou por um maior acesso.

Embora a luta continue a nível estatal, Biden melhorou o acesso a medicamentos abortivos por via postal e assegurou mais aconselhamento.

Também foi reforçada a segurança para proteger a privacidade das mulheres que viajam entre estados para conseguir um aborto.

Leia Também: 'Vice' de Trump criticou Kamala (e mais) por não ter filhos. Vídeo voltou

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