"EUA e Israel têm de se manter unidos". Netanyahu agradece apoio de Biden

Os Estados Unidos têm apoiado Israel no conflito que o país trava com o Hamas, e onde milhares de palestinianos já morreram. Este apoio levou a que a presença de Benjamin Netanyahu fosse marcada por uma 'sombra' de protestos, que já começaram na terça-feira à noite no Capitólio - e que continuam esta quarta-feira.

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Teresa Banha com Lusa
24/07/2024 19:07 ‧ 24/07/2024 por Teresa Banha com Lusa

Mundo

Benjamin Netanyahu

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, discursou, esta quarta-feira, no Congresso dos Estados Unidos.

 

Falando do conflito no Médio Oriente e do Hamas, Netanyahu lembrou que também as vidas de norte-americanos foram 'roubadas'. Netanyahu falou também do Irão, criticando a atuação do país: "O eixo de terror do Irão desafia os Estados Unidos, Israel e os nossos amigos árabes. Não é um choque de civilizações, mas um choque entre a barbárie e a civilização. Para que as forças da civilização triunfem, os Estados Unidos e Israel têm de se manter unidos".

"Quando nos unimos, algo muito simples acontece: nós ganhamos, eles perdem", referiu, sublinhando que 'o seu lado' vai ganhar.

Netanyahu lembrou o 11 de Setembro, comparando-o com o 7 de Outubro, quando Telavive foi atacada, num dia que "começava perfeito". "De repente, as crianças ainda estavam a dormir nas suas camas, e o céu tornou-se num inferno", afirmou, lembrando também o festival de música onde morreram várias pessoas, incluindo norte-americanos.

"Proporcionalmente, comparado com a nossa população, foi como vinte [ataques como o] 11 de Setembro num dia. E estes monstros [Hamas] violaram mulheres, decapitaram homens, queimaram bebés, mataram famílias à frente uns dos outros", afirmou, depois de referir que estava confiante quanto às negociações para libertar reféns que ainda estão sob controlo do grupo terrorista.

Netanyahu apontou ainda para uma das reféns libertadas, Noa Argamani, que assistia nas bancadas do Congresso ao seu discurso - ao lado da mulher de Netanyahu.

"Muitas outras famílias de reféns estão aqui também", lembrou, classificando os militantes do Hamas de "monstros". "A dor que estas famílias têm suportado é indescritível", considerou.

"Agradeço a Biden o apoio a Israel"

Netanyahu agradeceu o apoio do presidente dos EUA, Joe Biden, nas operações que permitiram os resgates de reféns. "Agradeço a Biden o apoio a Israel", afirmou. "Conhecemo-nos há 40 anos. Quero agradecer-lhe por quase meio século de amizade e por ser, como ele diz, um sionista. Aliás, ele diz, um irlandês-americano sionista", afirmou.

Também para Donald Trump houve um momento de agradecimento. "Quero também agradecer ao ex-presidente Trump por tudo o que fez por Israel, desde reconhecer a sua soberania sobre os montes Golã, na Síria, assim como por também ter mudando a embaixada dos Estados Unidos para Jerusalém", apontou, dizendo que estava "aliviado" por este ter sobrevivido à tentativa de assassínio de que foi  alvo este mês.

O discurso de Netanyahu foi também assinalado por fortes protestos de milhares de manifestantes junto do edifício do Capitólio contra a invasão da Faixa de Gaza por Israel em perseguição do Hamas e que já provocou nos últimos nove meses cerca de 40 mil mortos, na maioria civis, segundo as autoridades locais.

Milhares protestam junto do Capitólio antes de discurso de Netanyahu

Milhares protestam junto do Capitólio antes de discurso de Netanyahu

Milhares de manifestantes em protesto contra a guerra na Faixa de Gaza concentraram-se hoje junto do Capitólio em Washington, onde o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, é esperado para discursar perante as duas câmaras do Congresso.

Lusa | 20:02 - 24/07/2024

No seu discurso perante o Congresso, Netanyahu classificou os manifestantes pró-palestinianos como "idiotas úteis do Irão".

"Tenho uma mensagem para estes manifestantes: quando os tiranos de Teerão, que penduram 'gays' em gruas e assassinam mulheres que não cobrem o cabelo, aplaudem-vos e financiam-vos, então vocês tornam-se oficialmente os idiotas úteis do Irão", criticou.

Durante o seu discurso Netanyahu instou os Estados Unidos a libertarem nova ajuda militar a Israel, argumentando que poderia "acelerar o fim da guerra" na Faixa de Gaza, e indicou que não tem planos para colonizar o enclave.

Netanyahu pede mais armas aos EUA para

Netanyahu pede mais armas aos EUA para "acelerar fim da guerra" em Gaza

O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, instou hoje os Estados Unidos a libertarem nova ajuda militar a Israel, argumentando que poderia "acelerar o fim da guerra" na Faixa de Gaza, e indicou que não tem planos para colonizar o enclave.

Lusa | 20:56 - 24/07/2024

De acordo com a agência Associated Press (AP) e a cadeia televisiva CNN Internacional, dezenas de congressistas, sobretudo democratas, faltaram ao discurso do chefe do governo israelita. Mas Rashida Tlaib, a primeira palestino-americana a servir o Congresso 'aproveitou' o momento para protestar, levando uma placa na qual se lia "criminoso de guerra".

[Notícia atualizada às 22h09]

Leia Também: Centenas de manifestantes detidos no Capitólio antes de Netanyahu chegar

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