Israel ataca 7 regiões no sul do Líbano em resposta a ataque do Hezbollah

Israel bombardeou na noite de sábado sete regiões do sul e interior do Líbano, em resposta ao ataque do Hezbollah que matou 12 jovens da comunidade drusa de Majdal Shams, nos Montes de Golã, declarou hoje o exército israelita.

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© MENAHEM KAHANA/AFP via Getty Images

Lusa
28/07/2024 08:11 ‧ 28/07/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

Os ataques israelitas foram dirigidos às zonas libanesas de Sabrinha, Borj El Chmali, Beka'a, Kfar Kila, Rab a-Taltin, al Khyam e Tir Hafa, segundo um comunicado militar israelita.

 

"Estamos a aumentar muito a nossa preparação para a próxima etapa do combate no norte", disse o responsável do Estado-Maior do exército israelita, Herzi Halevi, durante uma visita ao campo de futebol atingido pelos 'rockets' lançados pelo movimento islamita libanês Hezbollah.

"Quando necessário, agiremos com firmeza. O nosso dever é devolver a segurança às populações do norte das suas casas na Galileia e nos Montes de Golã. É o nosso compromisso total", acrescentou.

O 'rocket' disparado foi um Falaq 1, um míssil iraniano com 53 quilos de carga explosiva, que é propriedade exclusiva do Hezbollah, disse Halevi.

"Atacaremos duramente o inimigo", sublinhou o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, em conversa com o líder espiritual da comunidade drusa, o xeque Mowafaq Tarif, que também falou com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que está nos Estados Unidos.

O projétil do Hezbollah, movimento pró-Irão, caiu num campo de futebol na cidade drusa de Majdal Shams, onde jogavam rapazes e raparigas drusos (comunidade árabe), matando 12 pessoas. Foi confirmada a identidade de onze das vítimas, todas menores entre os 10 e os 16 anos.

"É o ataque mais mortífero contra civis israelitas desde 07 de outubro", disse o porta-voz do exército israelita, Daniel Hagari, num comunicado.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, já está a viajar de regresso dos Estados Unidos. Netanyahy deverá chegar a Israel ao início da tarde de hoje e pretende convocar de imediato o gabinete de segurança.

Netanyahu prometeu no sábado à noite que "o Hezbollah vai pagar um preço elevado, que não pagou até agora", pelo ataque a Majdal Shams.

O grupo xiita libanês Hezbollah, por sua vez, negou ter atacado a cidade de Majdal Shams, embora tenha assumido no sábado a responsabilidade por sete ataques noutras partes do norte de Israel, incluindo os Montes Golã.

No entanto, o Exército acusou o Hezbollah de mentir e garantiu que "sabe exatamente" o ponto de lançamento do "rocket", uma cidade na zona de Chebaa Farms, no sul do Líbano, controlada pelo grupo xiita.

A fronteira entre Israel e o Líbano -- aliado dos palestinianos - vive o seu maior momento de tensão desde 2006, com uma intensa hostilidade desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em 07 de outubro.

As hostilidades já provocaram a morte de cerca de 565 pessoas, a maioria no Líbano e algumas na Síria, entre milicianos do Hezbollah e civis. Em Israel morreram 46 pessoas, 22 militares e 24 civis, segundo o exército israelita.

Leia Também: Ataque nos Montes Golã. Hezbollah nega "ligação", mas Israel retalia

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