Itália e China assinam plano de ação a 3 anos para implementar cooperação
A Itália e China assinaram hoje um plano de ação a três anos, para implementar anteriores acordos e experimentar novas formas de cooperação, disse a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni numa visita oficial à capital chinesa.
© PEDRO PARDO/AFP via Getty Images
Mundo Itália/China
Meloni está a tentar redefinir as relações com a China, pois os temores de uma guerra comercial com a União Europeia estão entrelaçados com o interesse contínuo em atrair investimentos chineses no fabrico de automóveis e outros setores.
"Certamente temos muito trabalho a fazer e estou convencida de que esse trabalho pode ser útil numa fase tão complexa ao nível global, e também importante ao nível multilateral", disse Meloni no início de uma reunião com o seu homólogo chinês, Li Qiang.
A visita da chefe do Governo italiano de cinco dias, acontece vários meses após Itália ter saído da Iniciativa "Nova Rota da Seda", uma política assinada pelo Presidente chinês Xi Jinping, para construir uma infraestrutura de energia e transporte ao redor do mundo para estimular o comércio global, ao mesmo tempo em que aprofunda os laços da China com outras nações.
A decisão da Itália em se juntar em 2019 deu à China uma incursão na Europa Ocidental e um impulso simbólico numa guerra comercial então violenta com os Estados Unidos, notícia a Associated Press (AP), mas Roma afirma que os benefícios económicos prometidos não se materializaram, e a sua adesão criou atritos com outros Governos da Europa Ocidental e os Estados Unidos.
A Itália, porém, continua interessada em buscar um relacionamento económico forte com a China.
A Stellantis, um grande grupo que inclui a italiana Fiat, anunciou em maio passado que havia constituído uma 'joint-venture' com a Leapmotor, uma 'start-up' chinesa de carros elétricos que começará a vender veículos elétricos na Europa.
Os Veículos elétricos se tornaram um símbolo das crescentes tensões comerciais entre a China e a União Europeia (EU), com a União impondo tarifas provisórias de até 37,6% sobre veículos elétricos fabricados na China no início de julho. Os dois lados estão em conversações para tentar resolver o problema até ao início de novembro.
Enquanto isso, a China lançou uma investigação 'antidumping' sobre as exportações europeias de carne suína, poucos dias após a UE anunciar que imporia tarifas sobre os veículos elétricos chineses.
Meloni, que chegou a Pequim no sábado, tinha-se já reunido com Li Qiang, em Nova Deli, em setembro passado, durante a cimeira anual do G-20, que reúne os líderes de 20 maiores economias mundiais.
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