A carta de Meloni a Von der Leyen, publicada no domingo pelos meios de comunicação locais, é uma resposta de Itália ao relatório europeu sobre o Estado de direito.
"Pela primeira vez, o conteúdo desse documento foi distorcido por alguns para uso político, numa tentativa de atacar o Governo italiano. Alguns chegaram ao ponto de afirmar que o Estado de direito em Itália estaria em perigo" ou a "liberdade de informação", especialmente na televisão pública italiana (RAI), indicou Meloni na carta.
O Governo de Meloni foi acusado pela oposição de censura e de utilizar os meios de comunicação públicos em benefício próprio, particularmente na RAI, enquanto o principal sindicato ligado à televisão pública, o Usigrai, convocou uma greve em maio para "defender a sua autonomia e independência".
A chefe do Executivo italiano garantiu que não houve "nenhuma interferência política na administração" do canal público e sobre as demissões de jornalistas anunciadas devido à mudança na linha editorial do canal.
Uma delegação do Consórcio Europeu em Defesa da Liberdade de Imprensa na União Europeia (UE), o Media Freedom Rapid Response (MFRR), visitou com urgência o país devido ao "grave agravamento" da situação dos meios de comunicação social e face à "crescente pressão sobre a liberdade de imprensa em Itália".
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