O responsável do distrito de Wayanad, no estado de Kerala, D.R. Meghasree, confirmou 36 mortos, mais 20 do que no anterior balanço, no qual se referia a possibilidade de haver centenas de pessoas soterradas.
"Centenas de pessoas estão potencialmente soterradas", declarou o exército em comunicado, acrescentando que cerca de 225 soldados foram enviados para o local para ajudar na busca e resgate de sobreviventes.
Várias pessoas feridas na catástrofe já foram levadas para um hospital distrital para receberem tratamento.
A agência de gestão de catástrofes de Kerala, que explicou que as equipas de bombeiros e as forças de segurança do Estado estavam a participar nas operações de busca e salvamento, juntamente com o exército, avisou que mais chuvas e ventos fortes estavam previstos para o final do dia (hora local).
As monções, que varrem o Sul da Ásia de junho a setembro, oferecem uma pausa do calor do verão e são essenciais para reabastecer as reservas de água.
Mas também provocam inundações e aluimentos de terras, causando danos materiais e muitas mortes, cujo número tem vindo a aumentar nos últimos anos, sobretudo devido às alterações climáticas, de acordo com especialistas.
As barragens, a desflorestação e os projetos de desenvolvimento na Índia são também fatores que contribuem para o aumento do número de mortes.
No início deste mês, o país já tinha sido atingido por intensas tempestades de monção. Partes da megalópole de Mumbai ficaram inundadas, enquanto um raio matou pelo menos 10 pessoas no estado de Bihar, no nordeste do país.
Em Kerala, pelo menos 25 pessoas morreram em inundações e aluimentos de terras em 2021. Em 2018, quase 500 pessoas perderam a vida nas piores inundações registadas no estado em mais de um século.
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