"Hoje, 30 de julho de 2024, nós, os capitães Javier e Juan Carlos Nieto Quintero, membros das promoções Batalha de Mosquitero e de Ospino, dirigimo-nos a todo o corpo de generais e almirantes, oficiais, suboficiais e tropas das FANB para os persuadir a tomar as decisões corretas neste momento histórico que atravessa a pátria, hoje à beira de entrar numa espiral de violência e anarquia", explicam numa mensagem divulgada em vídeo.
Na mesma mensagem, divulgada pelas redes sociais, os capitães explicam que "o povo que está nas ruas está a ser reprimido" e que "até há jovens a morrer às mãos da delinquência".
"Lembrem-se, senhores oficiais, que as armas da República são para defender e não para reprimir o nosso povo", sublinham no vídeo divulgado pelas redes sociais.
A Venezuela regista desde segunda-feira protestos em várias regiões do país contestando os resultados anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
O CNE da Venezuela proclamou oficialmente, na segunda-feira, como Presidente Nicolás Maduro, para o período 2025-2031.
Segundo o CNE, Nicolás Maduro foi reeleito para um terceiro mandato consecutivo com 51,20% dos votos, tendo obtido 5,15 milhões de votos.
O principal candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, obteve pouco menos de 4,5 milhões de votos (44,2%), segundo os dados oficiais divulgados pelo CNE.
A oposição venezuelana reivindica, contudo, a vitória nas eleições presidenciais, com 70% dos votos para o seu candidato, Edmundo Gonzalez Urrutia, segundo afirmou a líder opositora María Corina Machado, recusando-se a reconhecer os resultados proclamados pelo CNE.
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