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Mentor do 11 de Setembro declara-se culpado em troca de pena 'mais leve'

Os familiares das vítimas do atentado terrorista de 2001 foram informados sobre o acordo a que se chegou. Três acusados vão cumprir perpétua ao invés de serem sentenciados à pena de morte.

Mentor do 11 de Setembro declara-se culpado em troca de pena 'mais leve'
Notícias ao Minuto

22:50 - 31/07/24 por Notícias ao Minuto

Mundo EUA

O homem que foi acusado de planear os ataques do 11 de Setembro concordou em dar-se como culpado das acusações, avança o New York Times.

 

O mesmo aconteceu com dois dos seus cúmplices. O acordo deverá fazer com que o trio fique então em prisão perpétua, ao invés de ser condenado à pena de morte.

Segundo fontes próximas do Departamento de Defesa, um alto funcionário do mesmo organismo já deu 'luz verde' ao acordo, que envolve  Khalid Shaikh Mohammed, Walid bin Attash e Mustafa al-Hawsawi.

Os três homens em questão estão sob custódia dos Estados Unidos desde 2003, e, segundo explica a publicação norte-americana, os familiares das vítimas do atentado terrorista já foram informados do acordo.

"Em troca da retirada da pena de morte como possível punição, os três acusados concordaram em dar-se como culpados de todas as acusações, incluindo a morte de 2.976 listadas nos documentos da acusação", lê-se na carta enviada aos familiares e citada pela publicação.

A missiva dava conta de que os homens ainda podem fazer as suas alegações já na próxima semana. Declararem-se culpados podem evitar aquilo que se 'adivinhava' como um julgamento que poderia durar até um ano e meio.

O mentor do ataque, Khalid Shaikh Mohammed, é um engenheiro que se formou nos Estados Unidos - e também jihadista declarado -, e terá sido o responsável por ter tido a ideia de desviar os aviões e fazê-los embater contra o World Trade Center. Segundo os procuradores, Mohammed apresentou a ideia a Osama bin Laden, líder da Al-Qaeda, em 1996 e terá depois ajudado os sequestradores durante o seu treino.

O caso esteve à espera de ser julgado mais de uma década porque houve dúvidas se a tortura a que os homens foram sujeitos teriam adulterado os seus testemunhos sobre o caso.

[Notícia atualizada às 23h21]

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