"Estas pessoas devem estar atrás das grades e deve ser feita justiça", frisou Maduro, durante uma conferência de imprensa com correspondentes estrangeiros no palácio presidencial de Miraflores.
Maduro acusou a líder da oposição Maria Corina Machado e o seu candidato presidencial Edmundo Gonzalez Urrutia de terem "sangue nas mãos" após protestos mortais.
"Senhor Gonzalez Urrutia, mostre a sua cara, saia do esconderijo, não seja cobarde, dona Machado (...) tem sangue nas mãos", apontou o chefe de Estado.
"São o mal da Venezuela (...) nunca chegarão ao poder", acrescentou.
A Venezuela regista desde segunda-feira protestos em várias regiões do país contra os resultados anunciados pelo CNE, que proclamou oficialmente, na segunda-feira, como Presidente Nicolás Maduro, para o período 2025-2031.
De acordo com os dados oficiais do CNE, Nicolás Maduro foi reeleito para um terceiro mandato consecutivo com 51,2% dos votos, tendo obtido 5,15 milhões de votos.
O principal candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, obteve pouco menos de 4,5 milhões de votos (44,2%), indicou o CNE.
A oposição venezuelana reivindica, contudo, a vitória nas eleições presidenciais, com 70% dos votos para Gonzalez Urrutia, afirmou a líder opositora María Corina Machado, tendo tornadas públicas atas da larga maioria das mesas de voto para sustentar a reclamação.
ONU, União Europeia (UE), Estados Unidos, Brasil, Colômbia, Chile, México, Argentina e Espanha, entre outros, pediram às autoridades eleitorais venezuelanas que publicassem os registos das votações para verificar a alegada vitória de Maduro.
O Presidente venezuelano acusou o Carter Centre, que observou as eleições a convite da Venezuela, de já ter escrito há um mês o relatório que considerou que as eleições não foram democráticas.
"Todos aqueles que vieram do Centro Carter para a Venezuela trouxeram o relatório já escrito, já o temos há um mês, temos o relatório do Centro Carter já escrito", acusou.
Maduro associou também Héctor Guerrero Flores, conhecido como 'Niño Guerrero', líder do grupo criminoso transnacional 'Tren de Aragua', com os protestos desencadeados contra o resultado eleitoral.
"O famoso 'Niño Guerrero' está no sul de Caracas a dirigir as operações, neste momento está a deslocar-se, está a tentar fugir para a Colômbia", frisou o Presidente venezuelano, assegurando que os Estados Unidos enviaram Guerrero para a Venezuela para promover as manifestações.
O líder chavista destacou ainda que Guerrero, que fugiu de uma prisão venezuelana, voltou a entrar no país com a cumplicidade dos ex-presidentes colombianos Álvaro Uribe Vélez e Iván Duque, a quem Maduro culpou por dezenas de alegados planos para o matar e inúmeras sabotagens contra ele.
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