Em comunicado, o Kremlin (presidência russa) agradeceu aos governos estrangeiros que contribuíram para a troca e indicou que Putin assinou os decretos de indulto das penas de Evan Gershkovich, Paul Whelan, Oleg Orlov, Lilia Tchanycheva, Ksenia Fadeeva, Vladimir Kara-Murza, Ilia Iachine, Alexandra Skotchilenko, Alsu Kurmasheva, Andrei Pivovarov, Vadim Ostanine, Demouri (Dieter) Voronine e Kevin Lick.
Paralelamente, o Serviço Federal de Segurança (FSB) da Rússia confirmou a libertação de oito russos encarcerados em países ocidentais em troca de 13 russos e estrangeiros que cumpriam pena em prisões deste país.
"O seu regresso foi possível graças ao trabalho sistemático e aplicado dos departamentos governamentais competentes, bem como dos parceiros estrangeiros", informou o FSB em comunicado recolhido pela agência de notícias russa TASS.
O gabinete de imprensa do FSB precisou que os presos entregues por Moscovo trabalhavam "em interesse de Estados estrangeiros e em prejuízo da segurança da Federação Russa".
A Turquia informou hoje ter coordenado uma troca de um total de 26 prisioneiros entre a Rússia e vários países ocidentais, incluindo os EUA e a Alemanha, na qual foram libertados o jornalista norte-americano Evan Gershkovich, acusado de espionagem e condenado pela justiça russa, e o ex-fuzileiro norte-americano Paul Whelan.
Ao abrigo deste acordo, e segundo Washington, um total de 16 pessoas foram libertadas das cadeias russas.
A troca é já considerada como a maior entre Moscovo e capitais ocidentais na era pós-soviética.
Na reação ao acordo, o Presidente dos EUA, Joe Biden, falou num "feito diplomático" e condenou os "julgamentos-espetáculo" na Rússia que levaram à condenação do jornalista norte-americano Evan Gershkovich, hoje libertado na troca de prisioneiros.
"As autoridades russas prenderam-nos e, em julgamentos-espetáculo, condenaram-nos a longas penas de prisão sem qualquer razão legítima", disse Biden, num discurso, referindo-se aos três cidadãos norte-americanos libertados na operação de troca de prisioneiros entre Moscovo e o Ocidente.
"O acordo que lhes garantiu a liberdade foi um feito diplomático. No total negociámos a libertação de 16 pessoas da Rússia -- incluindo cinco alemães e sete cidadãos russos que eram prisioneiros políticos no seu próprio país", disse Biden, num comunicado, antes de uma declaração feita a partir da Casa Branca.
Na nota informativa, o Presidente norte-americano mostrou-se "grato aos aliados", que diz terem colaborado nas "negociações difíceis e complexas para alcançar este resultado", incluindo a Alemanha, a Polónia, a Eslovénia, a Noruega e a Turquia.
[Notícia atualizada às 19h34]
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