"Acompanhamos com muita atenção o processo de escrutínio dos votos e fazemos um chamado às autoridades eleitorais da Venezuela para que avancem de forma expedita e divulguem publicamente os dados desagregados por mesa de votação", apelaram os governos destes Estados americanos no texto, disponibilizado, entre outros, no sítio do Ministério dos Negócios Estrangeiros brasileiro.
O Presidente socialista venezuelano Nicolas Maduro, no poder desde 2013, foi reeleito para um terceiro mandato, segundo a autoridade eleitoral. Mas a oposição denunciou uma "fraude massiva" e apelou a protestos nas ruas.
O Brasil, a Colômbia e o México, dirigidos por Presidentes de esquerda, estão entre os Estados do Hemisfério Ocidental que têm boas relações com Caracas.
Este estatuto dá mais importância às suas considerações, segundo as quais "as controvérsias sobre o processo eleitoral devem ser dirimidas pela via institucional" e "o princípio fundamental da soberania popular deve ser respeitado mediante a verificação imparcial dos resultados".
Os dirigentes brasileiros, colombianos e mexicanos apelam aos atores políticos e sociais para "exercerem a máxima cautela e contenção em suas manifestações e eventos públicos, a fim de evitar uma escalada de episódios violentos", uma vez que, defendem, "manter a paz social e proteger vidas humanas devem ser as preocupações prioritárias neste momento".
Nos dois dias que se seguiram ao escrutínio, pelo menos uma dúzia de pessoas foram mortas nas manifestações.
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