Depois de um dos terroristas se ter feito explodir no movimentado Beach View Hotel, usualmente frequentado por funcionários governamentais, as forças de segurança mataram os outros cinco num feroz tiroteio que se seguiu.
Antes, porém, os extremistas islâmicos abriram fogo contra as pessoas que se deslocaram à praia na noite de sexta-feira, que não é dia útil segundo o calendário muçulmano. Entre eles, havia muitos jovens.
Os confrontos entre os atacantes e as forças de segurança, incluindo as forças especiais do exército e a polícia, prolongaram-se até horas depois da meia-noite.
Além dos seis atacantes, pelo menos outras sete pessoas foram mortas, segundo a polícia local, que adiantou que os números são ainda provisórios.
Os hospitais de Mogadíscio e a Agência Somaliana de Gestão de Catástrofes (Sodma) intensificaram os apelos à doação de sangue para tratar os feridos.
Imagens divulgadas pelos meios de comunicação social somalianos nas redes sociais mostravam ambulâncias a dirigir-se para o local do ataque, bem como dezenas de pessoas deitadas na praia, algumas das quais se moviam e outras estavam imóveis, embora a EFE não tenha podido verificar se estavam mortas.
O atentado, que provocou, segundo dados policiais também provisórios, mais de uma centena de feridos, ocorreu após meses de relativa calma em que a capital somaliana não sofreu os habituais ataques do Al-Shebab, que reivindicou a autoria num dos seus portais na Internet.
A Somália intensificou as operações militares contra os terroristas desde que o Presidente do país, Hassan Sheikh Mohamud, anunciou em agosto de 2022 uma "guerra total" contra o grupo.
Desde então, o exército, apoiado pela Missão de Transição da União Africana na Somália (ATMIS), tem desencadeado ofensivas, por vezes com a colaboração militar dos Estados Unidos e da Turquia em bombardeamentos aéreos.
O Al-Shebab, afiliado desde 2012 à rede Al-Qaida, leva a cabo ataques frequentes em Mogadíscio e noutros pontos do país para derrubar o Governo central - apoiado pela comunidade internacional - e estabelecer um Estado islâmico de estilo Wahhabi (ultraconservador).
O grupo controla as zonas rurais do centro e do sul da Somália e ataca também países vizinhos como o Quénia e a Etiópia.
A Somália tem vivido num estado de conflito e caos desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre foi derrubado, deixando o país sem um Governo efetivo e nas mãos de milícias islamistas e senhores da guerra.
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