Num comunicado conjunto divulgado no sábado, os Governos da Alemanha, Espanha, França, Itália, Países Baixos, Polónia e Portugal manifestaram a sua "forte preocupação" com a situação na Venezuela, cujos resultados eleitorais foram contestados pela oposição, que recusa aceitar a vitória do Presidente, Nicolás Maduro.
"Em nome dos venezuelanos, agradeço esta importante declaração (...), reafirmando o seu compromisso com a democracia", escreveu Machado na rede social X.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ratificou na sexta-feira a vitória de Maduro com 52% dos votos contra 43% de Edmundo Gonzalez Urrutia, o candidato da oposição que substituiu Machado, que fora declarada inelegível.
Alegando ser vítima de pirataria informática, o CNE, que a oposição acusa de ser subserviente ao regime, ainda não divulgou as atas eleitorais.
A oposição acredita que se trata de uma manobra para não revelar os verdadeiros resultados e publicou as atas de cada posto de votação.
Segundo estes documentos - cuja validade é rejeitada por Maduro -, Gonzalez Urrutia venceu a votação com 67% dos votos.
"Apoiamos o pedido de verificação das atas que apresentámos, o mais rapidamente possível, a nível internacional e independente", insiste Machado.
"Apreciamos também o apelo ao fim da perseguição e repressão que, nas últimas horas, foi cruelmente exercida contra pessoas inocentes que apenas pedem o respeito pela soberania popular que exerceram no domingo [28 de julho]", acrescentou a opositora do regime venezuelano.
De acordo com organizações de defesa dos direitos humanos, 11 civis foram mortos e mais de 2.000 pessoas foram detidas durante os protestos que eclodiram no dia seguinte à votação contra a reeleição de Maduro.
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