"Em Martinivka foi escutada uma potente explosão... Após dois impactos [de mísseis] contra Martinivka ouvem-se periódicas detonações secundárias. O objetivo foi atingido. Agora escutam-se explosões menos fortes, decerto que atacam com um calibre menor", afirmou, citado pela agência noticiosa russa Ria Novosti.
No aeródromo, situado nas proximidades da cidade de Voznesensk e preparado para receber os caças F-16, existem depósitos com mísseis para os aviões e aí também estavam instalados os pilotos, alguns deles estrangeiros, segundo Lebedev.
O Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky anunciou no domingo a chegada à Ucrânia dos primeiros aviões de combate F-16 fornecidos por países ocidentais.
"F-16 na Ucrânia. Estou orgulhoso dos nossos rapazes que aprenderam a pilotar estes aviões e já começaram a utilizá-los para o nosso Estado", afirmou na rede social Telegram, onde publicou imagens de uma cerimónia numa base aérea e rodeado por dois caças.
Estes aviões de guerra chegaram um ano após os Estados Unidos terem autorizado os seus aliados europeus a efetuarem a entrega.
A Rússia advertiu que a chegada dos F-16 à Ucrânia "não influirá na dinâmica" da guerra e que "não existe nenhuma pílula mágica nem nenhum remédio" que altere o desfecho do conflito.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, vaticinou que após a chegada destes aviões à frente de combate "o seu número começará a diminuir, serão derrubados, destruídos".
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais, que também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.
Os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.
Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas têm-se confrontado com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se.
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