Numa mensagem publicada na rede social X, Borrell pediu um cessar-fogo imediato em Gaza e que se evite uma catástrofe.
"As tensões continuam a aumentar no Médio Oriente, levando-o à beira de uma guerra de proporções desconhecidas. Todos devemos evitar outra catástrofe. O caminho a seguir é amplamente acordado: cessar-fogo em Gaza, agora", sublinhou Borrell.
O chefe da diplomacia comunitária deixou claro que "todos aqueles que impedem a desescalada devem ser responsabilizados".
As tensões no Médio Oriente aumentaram após o assassinato, em 31 de julho, do líder político do grupo islâmico Hamas, Ismail Haniyeh, num ataque ao seu alojamento em Teerão, que as autoridades iranianas atribuem a Israel.
O líder supremo do Irão, o aiatolá Ali Khamenei, ameaçou vingar o assassinato e, na segunda-feira, a Guarda Revolucionária Iraniana alertou que Israel "está a cavar a sua cova".
Por sua vez, o líder do grupo xiita libanês Hezbollah, Hasan Nasrallah, ameaçou responder fortemente ao bombardeamento israelita nos arredores de Beirute que matou o seu principal líder militar, Fuad Shukr, em 30 de Julho.
Tensions keep escalating in the Middle East, bringing it on the brink of a war of unknown proportions.
— Josep Borrell Fontelles (@JosepBorrellF) August 6, 2024
We all must prevent another catastrophe. The way forward is largely consensual: ceasefire in Gaza, now.
All those standing in the way of de-escalation shall be held accountable.
Numerosos países pediram aos seus cidadãos que abandonassem o Líbano por medo de uma escalada, enquanto o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, falou aos seus homólogos dos países do G7 para os avisar que um ataque do Irão e do Hezbollah poderia ocorrer em breve, num período entre 24 e 48 horas.
No meio de um momento de extrema tensão devido ao medo de retaliação do Irão e dos seus acólitos, vários soldados americanos ficaram feridos esta noite num ataque de foguetes contra a base aérea de Al Asad, no Iraque.
O grupo de milícias da Resistência Islâmica no Iraque assumiu a responsabilidade pelo lançamento de quatro mísseis contra a base aérea da coligação internacional liderada pelos EUA em Ain al Asad, no oeste do país árabe, que não registou danos materiais ou humanos, depois de meses sem quase lançar ataques.
Os Estados Unidos estão sob ataque há algum tempo na região por milícias apoiadas pelo Irão no Iraque e na Síria devido a estes ataques contra as suas bases, que em janeiro levaram à morte de três dos seus soldados na fronteira entre a Jordânia e a Síria.
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