Meteorologia

  • 19 SEPTEMBER 2024
Tempo
18º
MIN 17º MÁX 26º

Netanyahu reitera que Israel está preparado para defesa e ataque

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, reiterou hoje que Israel está preparado "tanto para a defesa como para o ataque" contra a ameaça de um ataque multifacetado orquestrado pelo Irão.

Netanyahu reitera que Israel está preparado para defesa e ataque
Notícias ao Minuto

14:00 - 07/08/24 por Lusa

Mundo Israel/Palestina

"Estamos a caminhar para a vitória. Estamos preparados tanto para a defesa como para o ataque, atacamos os nossos inimigos e estamos também determinados a defender-nos", afirmou Netanyahu, numa visita à base de Tel Hashomer, perto de Telavive, com recrutas do Corpo Blindado e do Corpo de Engenharia de Combate do exército israelita.

 

O primeiro-ministro israelita tinha-se mantido discreto e sem aparições públicas, nos últimos dias.

Israel tem estado em alerta máximo desde o fim de semana, depois de o Irão ter ameaçado com "retaliações duras" na sequência do assassinato do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerão, no dia 31 de julho, um aviso a que se juntou o grupo xiita libanês Hezbollah, porque Telavive reivindicou um ataque que eliminou o seu principal comandante militar, Fuad Shukr, horas antes.

"Sei que os cidadãos de Israel estão em alerta e peço-lhes uma coisa: mantenham-se pacientes e calmos. Estamos preparados para a defesa e para o ataque", insistiu o primeiro-ministro, numa altura em que alguns meios de comunicação social hebraicos sugerem que Israel está a considerar um "ataque preventivo" para dissuadir o Irão, enquanto a comunidade internacional, especialmente os Estados Unidos, tenta evitar uma escalada regional através de canais diplomáticos.

Até ao momento, Israel não alterou as instruções dadas à população sobre este ataque, que na terça-feira se pensava ser iminente, mas que não se verificou.

No norte de Israel, as autoridades israelitas recomendaram que a população se mantenha perto de abrigos e evite multidões e deslocações desnecessárias, dada a possibilidade de intensificação do fogo cruzado com o Hezbollah.

De facto, os xiitas lançaram na terça-feira vários ataques explosivos com 'drones' contra a localidade de Nahariya, ferindo 19 pessoas, uma delas com gravidade, incluindo seis soldados, e cerca de 40 'rockets' em toda a região da Galileia.

Israel efetuou vários bombardeamentos no sul do Líbano contra alvos do Hezbollah, matando seis dos seus combatentes.

Aos novos recrutas que se juntaram hoje ao corpo blindado, o chefe do Governo israelita sublinhou que estas forças foram fundamentais para Israel na Guerra dos Seis Dias (1967) e apelou ao seu papel fundamental no conflito na Faixa de Gaza, que começou há 10 meses.

Aos soldados e reservistas, sublinhou que são "a espinha dorsal da nação".

"Vocês estão a mudar a face da campanha", afirmou Netanyahu.

Para além da ofensiva militar na Faixa de Gaza, que continua a assolar a cidade de Gaza, Rafah (sul) e o centro do enclave palestiniano, Israel está a trabalhar na criação de uma coligação internacional liderada pelos Estados Unidos para ajudar a proteger o país de um ataque aéreo iraniano.

Por seu lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, voltou a pronunciar-se hoje sobre a nomeação de Yahya Sinwar como novo líder político do movimento islamita palestiniano Hamas, conhecida na terça-feira.

O chefe da diplomacia israelita apontou a responsabilidade do Irão nesta nomeação, afirmando que "a questão palestiniana é agora completamente controlada" por Teerão.

"A eleição de Yahya Sinwar como líder do Hamas deve enviar uma mensagem clara ao mundo de que a questão palestiniana está agora completamente controlada pelo Irão e pelo Hamas", começou por dizer Katz, que na véspera tinha afirmado que a nomeação era "mais uma razão imperiosa" para pôr termo à sua vida.

Já o ministro da Defesa, Yoav Gallant, falou hoje por telefone com o homólogo alemão, Boris Pristorius, pedindo-lhe que as autoridades alemãs "se unam" para enfrentar o Irão, que descreveu como o "maior desestabilizador e exportador de terrorismo do mundo".

Leia Também: 'Vingança' do Irão? "Não aceitamos menos do que morte de Netanyahu"

Recomendados para si

;
Campo obrigatório