"A ordem do Tribunal Basmanni de Moscovo de 09 de julho de 2024 sobre a detenção na ausência de Navalnaya continua em vigor. O recurso foi rejeitado", decidiu o tribunal, citado pela agência de notícias russa Interfax.
A sessão, à qual a defesa não compareceu, decorreu à porta fechada.
Após esta decisão, a sentença anterior entra em vigor, pelo que Navalnaya será detida durante dois meses em caso de detenção em território russo ou após a sua extradição para a Rússia.
Em julho, o Ministério Público russo apresentou uma acusação contra Navalnaya, que vive no estrangeiro, por participar numa associação extremista, pelo que foi declarada procurada.
Dois dias depois de ter sido emitido um mandado de captura contra si, Yulia Navalnaya apareceu na lista mantida pela 'Rosfinmonitoring', o serviço de informações financeiras da Rússia, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).
A viúva de Navalny, que prometeu continuar a causa do marido desde o exílio, acusa o Presidente russo, Vladimir Putin, de ser o responsável pela morte do ativista russo e afirma que o seu poder se baseia em "desinformação, mentiras, enganos e provocações".
Navalny morreu subitamente a 16 de fevereiro, um mês antes das eleições presidenciais de 17 de março em que Putin era o candidato favorito, depois de ter dado um passeio na penitenciária IK-3 na cidade ártica de Jarp (distrito autónomo de Yamalo-Nenets), segundo as autoridades criminais.
A oposição russa acusa o Kremlin de estar por trás da sua morte, enquanto Putin afirma que esta resultou de causas naturais.
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