No seu discurso de tomada de posse, Salvador Illa assegurou que tem vontade de "governar para todos" e que os principais eixos da sua presidência serão os de "unir e servir" os catalães com o objetivo de levar a "máxima liberdade, a máxima prosperidade e a máxima igualdade possível para os catalães".
Salvador Illa prometeu ainda "unir os catalães, respeitando a sua pluralidade e diversidade", face ao avanço das "abordagens divisionistas, demagógicas e populistas" que colocam em risco a coexistência e a "unidade civil" da Catalunha.
A cerimónia, que decorreu no salão Sant Jordi do Palau de Generalitat, dois dias depois da sua inauguração, e contou com o apoio do Partido Socialista da Catalunha (PSC, estrutura regional do Partido Socialista Operário Espanhol, PSOE), da Esquerda Republicana da Catalunha (ERC, independentista) e do Comuns (esquerda).
O presidente do Parlamento, Josep Rull, leu o decreto real de nomeação; Salvador Illa prometeu assumir o cargo; e o presidente cessante, Pere Aragonês, impôs-lhe a medalha correspondente à sua nova responsabilidade institucional.
Depois de receber a medalha do cargo, Salvador Illa tomou a palavra para fazer o seu primeiro discurso como o 133.º presidente da Generalitat, segundo dita o histórico da instituição, desde as suas origens medievais, no século XIV.
Perante os convidados, Salvador Illa começou por assumir o seu compromisso.
"Prometo, pela minha consciência e pela minha honra, cumprir fielmente as obrigações do cargo de presidente da Generalitat da Catalunha, com fidelidade ao rei, à Constituição, ao Estatuto da Autonomia e às instituições nacionais da Catalunha".
Entre as autoridades convidadas estavam membros do Governo, como a vice-presidente e primeira ministra das Finanças, Maria Jesús Montero, o ministro da Presidência, Justiça e Relações com as Cortes, Félix Bolaños.
Estava ainda o ministro da Indústria e Turismo, Jordi Heréu, o ministro da Cultura, Ernest Urtasun, e a ministra da Ciência, inovação e Universidades, Diana Morant.
Da assistência faziam ainda parte os ex-presidentes da Generalitat Jordi Pujol, José Montilla, Artur Mas e Quim Torra, o presidente da Câmara de Barcelona, Jaume Collboni, o presidente das Astúrias, Adrian Barbón, e a presidente de Navarra, María Chivite, e ainda conselheiros do Governo e vários familiares.
Salvador Illa converte-se no terceiro presidente da Generalitat saído das fileiras do PSC, depois de Pascal Maragall (2003-2006) e José Montilla (2006-2010) e põe fim a um ciclo de 14 anos de presidentes soberanistas.
Salvador Illa chegou à praça Sant Jaume de mãos dadas com a sua mulher, Marta Estruch, e foi recebido por dezenas de apoiantes e simpatizantes do PSC e de Independentistas, que gritaram a favor e contra o novo presidente.
O presidente cessante, Pere Aragonês, recebeu Salvador Illa na Galeria Gótica do Palau da Generalitat e dirigiram-se ao gabinete presidencial para, juntamente com o presidente do Parlamento, Josep Rull, se dirigirem ao salão Sant Jordi, para a cerimónia de tomada de posse.
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