A mesma fonte acrescentou que três pessoas ficaram gravemente feridas depois de destroços terem atingido um prédio de apartamentos no distrito de Brovary, nos subúrbios a leste da capital ucraniana.
Uma grande parte do país esteve sob alerta aéreo durante toda noite, nomeadamente Kyiv, onde se ouviram as primeiras explosões de madrugada.
A administração militar de Kyiv indicou na plataforma de mensagens Telegram que a defesa antiaérea tinha sido ativada.
Nos últimos dias, muitos ucranianos tinham expressado preocupação com um possível ataque aéreo russo em resposta à incursão em curso na região russa de Kursk, a norte da fronteira com a Ucrânia.
No Telegram, a Força Aérea Ucraniana informou ainda, por volta das 22:00 de sábado (20:00 em Lisboa), que várias regiões do país tinham sido alvo de uma série de ataques de drones.
As autoridades ucranianas ainda não comunicaram quaisquer danos ou vítimas.
A Ucrânia é regularmente atingida por ataques mortais de mísseis e drones. Kyivtem pedido aos aliados ocidentais que lhe forneçam mais sistemas de defesa antiaérea, para se proteger.
Do lado russo, pelo menos cinco pessoas morreram e outras duas ficaram feridas na sequência de um bombardeamento das tropas ucranianas contra a cidade de Shebekino, na região russa de Belgorod, a norte de Kharkiv, disseram as autoridades locais.
O governador regional, Viacheslav Gladkov, disse na plataforma de mensagens Telegram que "funcionários do Ministério das Situações de Emergência extinguiram incêndios num prédio de apartamentos, duas casas particulares e um estabelecimento comercial", na sequência do ataque.
O governador de Kursk Alexeï Smirnov indicou que 13 pessoas ficaram feridas na capital da região, incluindo duas com gravidade, quando os destroços de um míssil ucraniano abatido durante a madrugada caíram sobre um edifício.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez no sábado referência pela primeira vez à incursão militar ucraniana em Kursk e disse que prepara novas medidas para "limitar ainda mais o estado russo".
Numa mensagem de vídeo e texto partilhada na rede social X (antigo Twitter), Zelensky revelou que recebeu informações do chefe do Estado-Maior do Exército, Oleksandr Sirski, sobre a linha da frente de combate e sobre os esforços "para levar a guerra ao território do agressor".
A região de Kursk, que faz fronteira com a Ucrânia, enfrenta desde terça-feira uma incursão ucraniana e entrou em estado de emergência.
O ataque foi descrito pelo Presidente russo Vladimir Putin como uma "provocação em grande escala", que acusou Kyiv de realizar "bombardeamentos indiscriminados" com diferentes tipos de armas, incluindo mísseis, contra edifícios civis, habitações e ambulâncias.
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