Israel fecha estradas perto de Gaza para evitar rezas no feriado judaico

Israel fechou várias estradas no norte e leste da Faixa de Gaza desde as 12:00 locais (10:00 em Lisboa) por razões de segurança, quando se comemora um feriado judaico, indicaram hoje as Forças de Defesa de Israel (FDI).

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© GIL COHEN-MAGEN/AFP via Getty Images

Lusa
12/08/2024 11:48 ‧ 12/08/2024 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

A medida, segundo os militares, destina-se a evitar que os colonos que pretendem ir a essas áreas, alvo regular de disparos de foguetes por milicianos de Gaza, rezem no feriado judaico de Tisha B'Av.

 

"As zonas agrícolas entre o cruzamento de Erez, Yad Mordechai, o cruzamento de Shaar HaNegev, o cruzamento de Nativot e Nahal Oz serão fechadas ao trânsito", refere o comunicado militar, referindo-se às comunidades situadas a poucos quilómetros das fronteiras norte e nordeste de Gaza.

As zonas a leste do enclave devastado, entre os 'kibutz' (comunidades agrícolas) de Re'im e Urim e a passagem de Ma'on, também foram encerradas.

As forças armadas confirmaram à agência EFE que os encerramentos têm como objetivo impedir que os colonos se dirijam às comunidades fronteiriças de Gaza durante a noite, uma vez que pretendem realizar as orações do feriado judaico de Tisha B'Av, que começa hoje à noite e se prolonga até terça-feira.

Nos últimos dias, os disparos de foguetes das milícias palestinianas contra o território israelita provocaram numerosos ataques das forças armadas em Gaza, e a possível concentração perto da fronteira para o feriado poderia provocar novos disparos de foguetes a partir do enclave.

Na quarta-feira passada, o exército ordenou a evacuação de Beit Hanoun, no norte do enclave, pela mesma razão e, mais recentemente, alargou a sua ofensiva à cidade de Khan Younis, no sul, que foi duramente atingida, onde também tem apelado ao esvaziamento dos bairros onde detetou disparos de foguetes.

O feriado judaico de Tisha B'Av, que comemora a destruição do primeiro e do segundo templos em Jerusalém, começa em Israel na noite de hoje, uma data carregada de simbolismo que o Irão poderá também ter escolhido para um ataque à nação hebraica e que a mantém em suspenso desde o assassinato em Teerão do líder do Hamas, Ismail Haniyeh. 

Leia Também: França, Alemanha e Reino Unido pedem cessar-fogo urgente em Gaza

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