Durante a operação, foram apreendidos ativos financeiros no valor de 50 milhões de euros, bens móveis e imóveis pertencentes a 17 pessoas, todas sob investigação, e 12 empresas que operam nos setores imobiliário, da construção e da restauração.
O empresário italiano é acusado de participação numa associação mafiosa, extorsão, branqueamento de capitais e transferência fraudulenta de títulos, agravados pelo objetivo de ter ajudado importantes famílias mafiosas.
As investigações revelaram vestígios de importantes investimentos de capital mafioso em iniciativas empresariais e empresas brasileiras, através da utilização de testas-de-ferro e da interposição de empresas de fachada.
À cabeça do sistema estaria o mafioso Giuseppe Calvaruso, chefe do bairro siciliano de Pagliarelli até à sua detenção em 2021.
Uma vasta rede de colaboradores fornecia ao empresário e ao mafioso o apoio necessário para concluir as operações empresariais em Itália e no estrangeiro - Brasil, Suíça, Hong Kong e Singapura.
Em 2019, Calvaruso ter-se-á mudado para Natal, capital do estado do Rio Grande do Norte, juntando-se ao empresário Bagheria que chegou ao Brasil em 2016, para continuar o desenvolvimento de iniciativas empresariais, continuando a gerir as atividades criminosas em Palermo.
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