O Hezbollah lançou, esta terça-feira, 25 'rockets' contra Israel, a partir do Líbano. Os projéteis foram lançados em direção à região de Alta Galileia, no norte do país.
Segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), citadas pelo The Times of Israel, os 'rockets' atingiram campo aberto e não causaram vítimas.
Imagens partilhadas nas redes sociais mostram o momento em que estas estruturas atingem a região. As sirenes de alerta para ataque fizeram-se ouvir nas cidades de Hurfeish, Elkosh, Fassuta, e Beit Jann.
A publicação israelita dá ainda conta de que o ataque já foi reivindicado pelo Hezbollah, e que tinha como alvo uma base militar.
Veja as imagens abaixo:
A barrage of some 25 rockets was launched by Hezbollah at the Upper Galilee in northern Israel a short while ago.
— Emanuel (Mannie) Fabian (@manniefabian) August 13, 2024
Sirens had sounded in the Mount Meron area, including the towns of Hurfeish, Elkosh, Fassuta, and Beit Jann.
The IDF says that the rockets struck open areas,… https://t.co/E7oLakMACg pic.twitter.com/pZWbKb0otc
Sires ouviram-se para além do Norte de Israel
Pouco depois, pela meia-noite e meia de quarta-feira (22h30 de terça-feira em Lisboa), as IDF reportaram que as sirenes estavam a tocar no sul do país, perto da Faixa de Gaza, num alerta que explicaram depois ser um "falso alarme".
As IDF denunciaram também que o Hamas efetuou disparos contra uma rota humanitária na zona de Rafah, no sul do enclave, na fronteira com o Egito.
Como consequência, esta rota humanitária foi temporariamente encerrada "uma vez que a área constitui agora uma zona de combate ativa", sublinharam as forças israelitas.
"As organizações terroristas na Faixa de Gaza continuam a aproveitar todas as oportunidades para realizar ataques terroristas contra o Estado de Israel à custa dos civis de Gaza, nomeadamente através do abuso das rotas humanitárias e da ajuda atribuída à população civil", vincaram ainda as IDF numa nota no Telegram.
Não foi o primeiro ataque do dia a Israel
Ainda esta terça-feira, Israel esteve 'na mira' do Hamas, o grupo islamita com quem o conflito que se adensou há quase um ano. Durante o dia, um 'rocket' lançado pelo Hamas caiu ao largo da capital israelita, "em espaço marítimo".
O míssil em causa foi lançado a partir da Faixa de Gaza, onde o Hamas está 'instalado'. Os últimos ataques com 'rockets' do movimento islamita em Telavive datam de há mais de dois meses.
Sires 'não param'... mas porquê?
Israel intensificou a campanha de bombardeamentos contra o Líbano na sequência dos assassínios seletivos do comandante máximo do Hezbollah, Fuad Shukr, em Beirute, e do líder político do movimento islamita palestiniano Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerão, que originaram um aumento da tensão regional.
O Irão e o Hezbollah ameaçaram com represálias, mas duas semanas após os assassínios, atribuídos a Israel, ainda não ocorreu qualquer resposta, apesar de os Estados Unidos já terem admitido uma ação de retaliação esta semana.
Neste contexto, Estados Unidos, Qatar e Egito anunciaram uma reunião para quinta-feira, dia 15, com o objetivo de obter um cessar-fogo entre Israel e o Hamas, e que também poderá implicar o fim das hostilidades no sul do Líbano.
A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, em 7 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
A retaliação israelita na Faixa de Gaza causou quase 39.900 mortos, afirmou hoje o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, que não avançou um número de civis e combatentes mortos.
[Notícia atualizada às 23h47]
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